Esta dissertação posiciona-se no estudo das relações entre plantas e ervas cultivadas por mulheres da comunidade quilombola Igarapé São João no Médio Itacuruçá. Volto-me para os conhecimentos, práticas e cosmovisões advindas historicamente do manejo e cultivo de uma diversidade de espécies de plantas e árvores frutíferas, ervas medicinais, raízes, cascas de árvores, hortaliças e verduras. Produção que fomenta a economia local e municipal, além de configurar-se como fonte de abastecimento alimentar e formas distintas de uso pelas famílias nesta comunidade. O lugar de estudo onde realizo a pesquisa etnográfica está situado no município de Abaetetuba, na região das ilhas, área rural no estado do Pará, região norte do Brasil. A etnografia é um dos caminhos da pesquisa qualitativa por compreender o estudo a partir da observação direta das práticas costumeiras de viver de um grupo particular de pessoas (MATTOS, 2011). Assim, utilizo a observação participante, com vistas a captar a experiência vivida pelas interlocutoras e interlocutores desta pesquisa.