Estão abertas as inscrições para participar de Grupos Terapêuticos na Clínica de Psicologia da UFPA (Psicoterapia de Grupo). O atendimento será realizado em três grupos de nove participantes cada um. O 1º Grupo é voltado para estudantes com dificuldades em finalizar tarefas acadêmicas no Ensino Superior, Graduação ou Pós-Graduação; 2º Grupo é destinado a adolescentes com dificuldades nos relacionamentos interpessoais; e o 3º Grupo é para pessoas que sofreram perdas por luto ou separação. Os atendimentos semanais são feitos por terapeutas-estagiários de Psicologia, sob a supervisão da professora Nerúcia Ferreira. Para se inscrever é preciso levar a identidade na Secretaria da Clínica-Escola de Psicologia da UFPA, até o dia 7 de julho.

Como funciona? – O projeto, que visa a melhoria da saúde mental da comunidade, conta com atendimento semanais em grupo e individuais, quinzenalmente. Cada grupo conta com três terapeutas-estagiários (alunos do último ano do curso de Psicologia da UFPA), e os atendimentos individuais serão realizados por um dos terapeutas do grupo. O horário das seções será escolhido após o fim das inscrições, levando em conta a disponibilidade de horário dos inscritos.

Temas e Método – De acordo com a supervisora e coordenadora do projeto, professora Nerúcia Ferreira, o tema, assim como a dinâmica do grupo, “é construído a partir das demandas do próprio grupo que são acompanhadas e orientadas pelos terapeutas. Como podem ser problemas em comum, a idéia é a de que, percebendo o outro, a pessoa entenda que ele não está sozinha nestas dificuldades e que podem desenvolver estratégias e apoiarem-se mutuamente ”. Por isso, “o método é baseado na terapia comportamental e na literatura da área, que é bem extensa. Além disso, nós, também, procuramos manter as característiscas do atendimento com base tanto em publicações nacionais quanto internacionais dentro deste modelo terapêutico”, explica a coordenadora.

Importância –  Para a professora, a ajuda psicológica na terapia grupal também é importante por ”ampliar o fluxo do atendimento da clínica, pois existe uma grande demanda da comunidade interna e externa. Também tem relação com o que nós vemos muito hoje: alunos que não conseguem avançar nos cursos, defender teses ou TCCs por problemas psicológicos com riscos de perder prazos importantes. No caso dos adolescentes com dificuldades nas interações sociais, a terapia ajudaria a reduzir os prejuízos sociais daqueles que, muitas vezes, não conseguem expressar opinião, demonstrar afeto e se comunicar. Também, na questão emocional da perda, as pessoas podem criar um vinculo de apoio mútuo, tendo os terapeutas como facilitadores neste processo.”

Como surgiu a iniciativa? – Segundo a professora Nerúcia, essa é a primeira experiência com estes temas em terapias em grupo da Clínica de Psicologia da UFPA. No entanto, o projeto “é parte de um trabalho de análise sobre o fluxo e as demandas mais freqüentes nas consultas da Clínica. Também é baseado em pesquisas e resultados sobre como seria a melhor forma de abordar os temas”, explica.

Texto: Alice Palmeira – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Reprodução / Google