O Campus Guamá, da Universidade Federal do Pará, recebeu, na última semana, a visita de uma comitiva de representantes de Instituições de Ensino Superior do Peru para conhecer a estrutura de ensino da UFPA, bem como o Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá. O objetivo do encontro foi conhecer a forma como a Universidade atua na região amazônica, com vistas às futuras cooperações técnico-científicas que possam vir a ser realizadas entre a Federal paraense e as instituições da Amazônia peruana.
Liderada pelo engenheiro Arturo Coral Alamo, CEO de Hero Startup (Lima), a comitiva foi formada por Oliver Vasquez, da Universidad Señor de Sipan (Chiclayo); Manuel Sanchez, da Universidad Nacional de Frontera (Sullana); e Abraham Caso Torres, da Universidad Nacional de Ingeniería (Lima). Os visitantes foram recebidos pelo reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva, e pelos professores Marcelo Galvão, coordenador do Centro de Internacionalização; Rodrigo Quites Reis, diretor-presidente da Fundação Guamá (PCT-Guamá); e Filipe Saraiva, diretor da Agência de Inovação Tecnológica da UFPA (Universitec).
Ao apresentar a UFPA, o reitor Gilmar Pereira da Silva comentou a importância de se ter uma instituição do tamanho e alcance da UFPA, com 12 campi em diferentes regiões do estado, com uma produção científica significativa para a sociedade. Hoje, o desafio está em tornar possível o compartilhamento desse conhecimento com todo mundo, especialmente com aqueles que vivenciam realidades parecidas com as vivenciadas nos territórios onde a Universidade está presente.
“Nós temos aqui a tarefa de pensar a internacionalização incluindo uma cooperação sul-sul, que inclui América Latina e África, sobretudo porque os países que aqui estão incluídos têm uma relação muito próxima e problemas parecidos. Então, para nós, é uma alegria poder recebê-los aqui para que possamos fortalecer, ainda mais, este contato, realizando um conjunto de ações que nos aproxime”, pontuou o reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva, ao apresentar a Universidade aos visitantes.
Atento a todas as informações sobre como funciona essa grande universidade multicampi na Amazônia e, especialmente, como se desenvolvem as ações de inovação tecnológica para a região, Oliver Vasquez, diretor do Centro Produção da Universidad Señor de Sipan, comentou a satisfação em poder prospectar futuras atuações conjuntas.
“Estamos felizes com a acolhida e atenção que estamos recebendo. A nossa expectativa é que possamos ter uma relação mais próxima, pois temos problemas que vocês já conseguiram superar e acreditamos que, se vocês nos ajudarem, não mediremos esforços para que esses nossos desafios também sejam superados”, apontou o dirigente peruano.
Também pensando nas possibilidades de parcerias futuras, Arturo Coral Alamo, responsável por reunir o grupo e, em parceria com o professor Rodrigo Quites Reis, por organizar a visita à UFPA, ressaltou a importância de serem pensados, com urgência, outros encontros entre representantes das instituições da Amazônia peruana e da UFPA, principalmente com vistas à criação de um conselho dos países do triângulo amazônico, para que todos possam ter a mesma visão acerca do que está sendo produzido na região.
“O que nós estamos buscando é aproximar a relação das nossas universidades com todo o conhecimento que vocês têm. O fato de vocês terem uma universidade funcionando no mesmo ambiente que um Parque Científico e Tecnológico, com todo esse conhecimento sobre inovação, para nós é muito novo, principalmente para as universidades que estão nesta mesma região amazônica”, comentou Arturo Coral Alamo.
Centro de Internacionalização – Após a reunião, os visitantes foram convidados a conhecer alguns dos espaços que integram o Centro de Internacionalização da UFPA, entre os quais estiveram a Casa Brasil África, a Casa de Estudos Germânicos, o Centro de Recursos Didáticos de Espanhol, o Espaço Fulbright Interdisciplinary Network e o espaço dedicado à Cátedra João Lúcio de Azevedo (Camões, I.P. UFPA).
“O Centro de Internacionalização tem um grande desafio, que é acolher pesquisadores e estudantes de vários países do mundo com uma grande estrutura designada para este fim. Então, nós estamos aqui vocacionados para fomentar a internacionalização e fazer com que todos os estudantes e professores sejam bem recebidos quando vierem para cá e possam se integrar às nossas atividades na UFPA”, explicou aos visitantes o coordenador do Centro, professor Marcelo Galvão.
Durante o reconhecimento dos espaços, os visitantes aproveitaram também para lembrar o fato de muitos acadêmicos peruanos optarem pelo aprendizado de português como segundo idioma, tornando interessante a assinatura de cooperação para a prática dos idiomas nativos de ambos os países. A ideia é que sejam criados clubes de idiomas em que estudantes brasileiros possam praticar o espanhol e estudantes peruanos possam praticar o português a fim de atender, principalmente, às necessidades de um segundo idioma para o prosseguimento da carreira acadêmica na pós-graduação.