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TAMANHO DA FONTE

Congresso Panamazônico abre inscrições para debater a educação básica

A Universidade Federal do Pará (UFPA) sediará, de 24 a 27 de setembro deste ano, o 1º Congresso Panamazônico dos Professores de Língua e Literaturas da Educação Básica (1º Cllimaz) e o 2º Encontro dos Egressos do ProfLetras-UFPA (2º Letrasvivaz). O evento é promovido pelo Instituto de Letras e Comunicação da Universidade Federal do Pará (ILC-UFPA) e pela Coordenação do Programa de Mestrado Profissional em Rede Nacional (ProfLetras Unidade-UFPA), com apoio da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).  

Concomitantes, os eventos buscam estabelecer parcerias com os governos estaduais e municipais e contarão com convidados internacionais, professores, pesquisadores, egressos do Profletras e discentes. As inscrições podem ser feitas pelo site.

De acordo com o professor Marcos Cunha, presidente do 1º Cllimaz e integrante do Conselho Gestor do ProfLetras Nacional – Região Norte, o Congresso reunirá, sobretudo, professores da educação básica estimulando a relação  com a educação  superior para discutir o ensino de língua, linguagem e literaturas como ações de valorização humana dos sujeitos e de suas espacialidades na região panamazônica. A expectativa é de reunir em torno de mil professores e professoras da educação básica e superior para debater as realidades educacionais panamazônicas. 

O objetivo do 1º Cllimaz é promover a interlocução entre os diferentes profissionais da área, pensar o ensino da linguagem além da gramática tradicional e das variantes prestigiadas da língua portuguesa.  “Vamos propor políticas de ensino comprometidas com a ecologia e a sustentabilidade, enfatizando-se a importância da inclusão social, étnica, cultural, artística e escolar e combater as diferenças regionais”, explica o coordenador.

Uma das metas do 1º Cllimaz, segundo Marcos, é constituir-se como um evento permanente com o fim de possibilitar uma formação acadêmica de professores que promova a interlocução da educação básica com a sociedade, singularizando-se, também, por motivar o engajamento efetivo da escola básica com as causas climáticas em defesa da floresta amazônica e da vida. “O evento trabalhará os ensinos e os saberes das linguagens na panamazônia para fortalecer as vozes que gritam e a floresta que se levanta”, acentua.

Já o 2º Letrasvivaz tem por objetivo viabilizar a formação continuada dos docentes da rede pública fundamental e básica a que se propõe o Programa de Mestrado em Rede Nacional em Letras. O Profletras é constituído por 42 universidades públicas no território nacional e funciona em 49 unidades, incluindo os campi de algumas instituições federais de ensino, o que fortalece a universidade como instituição engajada na formação permanente em educação básica na Panamazônia.

Cunha destaca que o 2º Letrasvivaz dará visibilidade para as pesquisas e dissertações dos mestres, egressos e professores formados no programa.  Serão debatidas as interações e a escutas continuadas entre os egressos e novos integrantes do ProfLetras Nacional, além de estimular o intercâmbio de conhecimentos com os discentes da rede pública na Panamazônia.  Desde 2013, mais de 4,1 mil professores de Língua Portuguesa se tornaram mestres e atuam na área educacional brasileira.

A construção desses conhecimentos, segundo Marcos, abre espaço para novos espaços de participação social no momento em que se debate a 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 30) em Belém.  Os eventos reforçam o compromisso da universidade com uma formação humanizada e transformadora no ensino, na pesquisa e na extensão em educação, linguagem e literaturas nas universidades e escolas públicas. A educação básica é uma ferramenta estratégica para assegurar a formação consciente das novas e das futuras gerações em prol da sobrevivência do planeta e do ser humano.

Nos eventos serão realizadas mesas de diálogo e grupos de trabalho para debater aspectos teóricos e temáticos da formação onde se destacará a força da oralidade e as suas relações com a escrita, com a linguagem de sinais, a leitura e produção e recepção de textos, além dos discursos regionais.  Serão elaboradas cartas propositivas apontando políticas educacionais em língua, linguagem e literaturas para a educação básica.

DADOS – Em fevereiro passado, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira divulgaram primeira etapa do Censo Escolar 2023.  A pesquisa trouxe dados sobre escolas, professores, gestores e turmas, além das características dos alunos do ensino fundamental e médio. O Brasil registrou 47,3 milhões de discentes distribuídos em 178,5 mil escolas brasileiras.

TEXTO: Kid Reis – Ascom/ProfLetras Norte

FOTOS: John Lennon

Relação com os ODS da ONU:

ODS 4 - Educação de Qualidade

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