menu de acessibilidade
TAMANHO DA FONTE

6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia recebe convidados premiados para bate-papo

Entre os dias 24 e 27 de outubro, a Cinemateca Paraense vai realizar a sexta edição da Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia, evento em alusão ao Dia Mundial do Patrimônio Audiovisual, uma data pensada pela Unesco, com o objetivo de conscientizar os governos e a sociedade da importância da preservação de filmes como a memória do mundo. Projeto de extensão universitária criado para potencializar a pesquisa, catalogação e difusão do cinema e do audiovisual paraense e seu alcance cultural e social, a Cinemateca Paraense completa 13 anos de existência em 2023, sob a curadoria do professor do Instituto de Ciências da Arte da UFPA (ICA) Ramiro Quaresma.

No primeiro dia de programação, a Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia vai contar com a exibição na nova cópia em 2k do curta-metragem paraense Vila da Barca, um clássico realizado em 1964 pelo cineasta paraense Renato Tapajós  e um dos mais importantes filmes da história do cinema no Pará, prestes a completar 60 anos de história. Haverá, ainda, uma conversa com William Plotinik, técnico em digitalização e restauração de filmes e cofundador do Projeto Iniciativa de Digitalização de FIlmes Brasileiros e do Cinelimite, responsável por uma revolução no campo da preservação, recuperação e digitalização do cinema brasileiro nos últimos anos, que trouxe para o mundo a atual versão de Vila da Barca, com som e imagem restaurados, feita de uma cópia em filme 16 mm do acervo pessoal do cineasta. 

A Semana também recebe, para uma conversa, dois jovens realizadores paraenses que vão falar sobre suas trajetórias recentes e premiadas no audiovisual: João Luciano, da Inovador Talvez, a produtora do primeiro longa-metragem universitário paraense, A Besta Pop (2018), e do recém-lançado Os jovens mais rebeldes que a banda (2022); e Adrianna Oliveira, documentarista, diretora e editora de filmes da nova geração, como o premiado Espátula e bisturi (2013) e o documentário A batalha de São Bráz (2015), selecionado para vários festivais nacionais. 

Para finalizar, a programação terá Relivaldo Pinho, professor e doutor em Antropologia, organizador do livro Cinema na Amazônia: textos sobre exibição, produção e filmes (CNPq, 2004), autor dos livros Amazônia, cidade e cinema em Um dia qualquer e Ver-o-Peso: ensaio (IAP, 2012), e Antropologia e filosofia: experiência e estética na literatura e no cinema da Amazônia (ed.ufpa, 2015). Coordenou e foi um dos diretores do documentário Fisionomia Belém (2015). As entrevistas serão mediadas pelo idealizador e curador da Cinemateca Paraense, Ramiro Quaresma, com produção e coordenação de pesquisa da museóloga Deyse Marinho.

A 6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia tem apoio do Laboratório Cisco, do Cinelimite e da Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros, em uma realização da Cinemateca Paraense, do Projeto de Extensão “Cinemateca Paraense: ações formativas, fórum de discussão e cineclubismo”, da Escola de Teatro e Dança e do Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará. “Esta será uma semana dedicada ao cinema paraense, do passado e do presente, contribuindo para o reconhecimento de realizadores, técnicos e pesquisadores que em suas obras registram as imagens em movimento que ajudam a contar e recontar nossas histórias”, ressalta Ramiro Quaresma.

Vila da Barca – A obra capta o cotidiano dos habitantes desta localidade na periferia de Belém, que foi registrada por Renato Tapajós no início dos anos 1960 e finalizada em São Paulo, na Cinemateca Brasileira. Proibido de ser lançado em 1964 pela ditadura civil-militar, o filme foi levado escondido para a Europa, onde, na Alemanha, venceu o prêmio de curta-metragem no Festival de Leipzig. O filme foi produzido em Belém, por Abilio Couceiro, com colaboração de Cláudio Barradas, Isidoro Alves e Acyr Castro; câmera de Fernando Melo e montagem do próprio realizador, com João Batista de Andrade e Maurice Capovilla. Um clássico do cinema brasileiro e paraense. 

Serviço:

6ª Semana do Patrimônio Audiovisual da Amazônia 

Dia 24/10 – Entrevista com William Plotinik e exibição da nova cópia em 2k de Vila da Barca (1964) de Renato Tapajós;

Dia 25/10 – Entrevista com João Luciano, roteirista, diretor e produtor.

Dia 26/10 – Entrevista com Adrianna Oliveira, documentarista, diretora e produtora.

Dia 27/10 – Entrevista com Relivaldo Pinho, professor, pesquisador e documentarista.

Plataformas: Canal do YouTube e site da Cinemateca Paraense

Texto e arte: Divulgação do projeto

Relação com os ODS da ONU:

ODS 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis

Leia também

Compartilhe

Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
WhatsApp
Email
Print
Pular para o conteúdo