UFPA vai trabalhar em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos na implementação de políticas de proteção no Marajó

Em agenda no Estado do Pará para promover ações do Programa Cidadania Marajó, uma iniciativa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) voltada à redução dos baixos índices de desenvolvimento humano no arquipélago do Marajó, o secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Bruno Renato Nascimento Teixeira, reuniu-se com o reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Gilmar Pereira da Silva, para propor parceria na implementação de ações do programa. 

O encontro reafirmou a relação de colaboração já existente entre o órgão e a instituição para a execução de políticas públicas de proteção dos direitos humanos. A primeira delas será para o funcionamento de dois centros de referência em direitos humanos que atenderão aos 17 municípios da região do Marajó. 

Fotografia captura de perto o momento em que um homem negro fala.

“É fundamental a participação de quem está no território e conhece a realidade, quem tem pesquisa sobre a população marajoara, como é o caso da UFPA, que abraçou a ação do ministério e propôs construirmos, juntos, a metodologia que vai garantir acesso à justiça, garantia de direitos, formação continuada de lideranças comunitárias, e a levar outras ações e serviços por meio dos Centros de Referência em Direitos Humanos”, destacou o secretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos do MDHC durante a visita.

O secretário do MDHC explicou, ainda, que a proposta do Centro de Referência é atender à população com serviços diversos, na área de saúde, psicologia, educação, segurança alimentar, participação social, e também articular a rede de serviços. A ideia é que o espaço funcione como um ambiente de acolhimento de denúncias de violações de direitos humanos. A previsão de inauguração é para 2025, e, de acordo com Bruno Teixeira, as últimas tratativas estão sendo feitas para que o repasse de recursos aconteça já no primeiro mês do ano e as ações comecem a ser implementadas.

Cinco pessoas reunidas em torno de uma mesa. Na cabeceira, o reitor da UFPA, Gilmar Pereira.

Para Bruno Teixeira, que esteve acompanhado, na reunião, da assessora técnica Sônia Corrêa, a universidade é fundamental para “conseguir chegar com mais qualidade e consciência, com educação, com a política de direitos humanos que vai, de fato, emancipar essas pessoas nos territórios, para que elas consigam, de forma muito mais célere, compreender o seu papel de cidadão e também ter os seus direitos humanos preservados para que esse projeto dê certo”.

Dois homens negros posam para a fotografia. O da direita, é o reitor da UFPA, Gilmar Pereira.

A UFPA já é parceira do governo federal no Pará para a formação continuada dos agentes do sistema de garantia de direito da criança e adolescente no arquipélago do Marajó, também voltada à garantia de direitos da população idosa nos municípios de Curralinho e Breves, e agora se amplia para os polos do Centro de Referência em Direitos Humanos. “As universidades têm avançado quando o assunto é inclusão, mas essa é luta permanente. É essencial termos filhas e filhos de trabalhadores nas universidades, assim como quilombolas, indígenas, as pessoas LGBTQIA+, ribeirinhos, entre outros, mas garantir a permanência desses estudantes para que se qualifiquem e tenham condições de sair daqui preparados para mobilizar a sociedade e a gente possa, no futuro, ter um país melhor e um país mais justo também é nosso dever”, defendeu o reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva.  “Por isso vamos juntar esforços para avançar em uma política forte de direitos humanos, de cuidado e de atenção”, reafirmou o reitor que lembrou, ainda, que esse olhar sobre os territórios da Amazônia, sobretudo o arquipélago do Marajó, vem ao encontro das iniciativas que a Instituição já tem realizado para a garantia dos direitos humanos.

TEXTO: Keila Gibson Rebelo - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

FOTOS: Heloísa Torres

Relação com os ODS da ONU:

ODS 1 - Erradicação da PobrezaODS 10 - Redução das DesigualdadesODS 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes

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