Sustentabilidade e impacto social são destaques na cerimônia de premiação dos vencedores do Desafio Inove+ 2024

Esta foi uma semana de comemoração para as quatro equipes vencedoras do Desafio Inove+ 2024. Com cerimônia realizada na segunda-feira, 3, na Superintendência de Inovação e Desenvolvimento (antiga Universitec), a premiação contou com a presença dos integrantes das equipes Zarpar, BioPro, Biolume e Amaru. Além de receberem seus certificados, as equipes também puderam apresentar os projetos vencedores e falar sobre a experiência vivida no espaço coworking Motirõ.

O Desafio Inove+ é um evento que reúne não só a comunidade acadêmica, mas também as pessoas fora da UFPA, apresentando ideias inovadoras de soluções e negócios de impacto socioambiental. “Nós tivemos competidores de alta qualidade, que entregaram soluções para os mais variados temas, com destaque para as questões socioambientais, de reuso de recursos e de destinação de certos componentes para entrar em um ciclo de negócios que não polua o meio ambiente. Então  a disputa foi muito acirrada e muito interessante”, comentou o professor e superintendente da Superintendência de Inovação e Desenvolvimento, Filipe Saraiva. 

A premiação foi dividida em duas categorias, contemplando duas equipes em cada uma: Negócios Inovadores e Negócios de Impacto Socioambiental. Na categoria Negócios Inovadores, quem levou o primeiro lugar foi o Zarpar App, aplicativo em que os usuários podem consultar horários, escolher embarcações e comprar passagens em embarcações e, em segundo lugar, com uma bebida probiótica à base de frutos amazônicos e livre de lactose, ficou a equipe que desenvolveu o BioPro. Já na categoria Negócios de Impacto Socioambiental, o primeiro lugar ficou para o Biolume, que transforma óleo de cozinha usado em biodiesel, e o segundo lugar ficou para o Amaru, que transforma resíduos amazônicos em biocombustíveis sólidos.

“Estas são empresas que têm impacto para dores que são muito conhecidas nossas, da nossa região, né?! E, ao mesmo tempo, elas trabalham um modelo de negócio inovador sustentável que permite que se mantenham e consigam fazer essas aplicações de uma forma comercialmente viável”, aponta Filipe Saraiva sobre o impacto dos projetos premiados nesta edição do Inove+.

Inovação – O estudante Samuel Novaes, CEO da equipe que criou o Zarpar App, conta que a ideia do aplicativo surgiu da necessidade de ir e vir da Ilha do Marajó para Belém, quando percebeu que a emissão de passagens era uma necessidade não só dele e da família, mas também de turistas que visitam o arquipélago. Natural da cidade de São Sebastião da Boa Vista, no Marajó, Samuel viu uma crescente demanda de passageiros buscando pelo aplicativo, fazendo com que a equipe busque avançar e atender, com o aplicativo, também aos estados do Amazonas e Amapá. “Ter esse reconhecimento de um prêmio para alunos universitários é muito gratificante. A sensação de receber o prêmio é o reconhecimento de muito trabalho e de muito esforço nesses últimos anos”, comemorou o estudante.

Já o coordenador do Projeto BioPro, Rodolfo Homci, contou que o produto surgiu da pesquisa de mestrado de um dos integrantes do grupo, possibilitando à equipe dedicar-se à viabilização de um modelo de negócio baseado nesse estudo, pensando em como transformar um produto tecnológico em um produto para o mercado. “O nosso próximo passo é avaliar, de fato, o quê que a gente deve fazer, estudando bastante o cliente para ver se realmente ele vai querer consumir esse produto diariamente para, consequentemente, buscarmos financiamento”, completa Rodolfo.

Impacto socioambiental – Primeiro lugar na categoria de Negócios de Impacto Socioambiental, o  diretor de Comunidades do Projeto Biolume, Márcio Marvão, conta que a ideia surgiu no início de 2024, quando, após um brainstorm para criação de novos projetos, a equipe viu no Inove+ a oportunidade de colocar em prática e maturar a ideia que resultou da troca. Agora, os planos futuros são expandir o projeto para outras comunidades ribeirinhas e aumentar o fluxo de coleta do óleo de cozinha, matéria-prima de impacto ambiental. 

“Quando a gente cria um projeto, a gente nunca sabe se realmente a nossa ideia é boa, se a gente realmente tá causando impacto. Então, quando a gente é premiado e reconhecido, até mesmo nas mentorias, com comentários de ‘olha, o projeto de vocês é muito bom’, isso faz com que a gente tenha mais vontade de continuar com o projeto”, lembrou Márcio Marvão.

Esse sentimento de continuidade também é compartilhado pela equipe do Projeto Amaru, comandada por Emilly Silva, coordenadora de Impacto Social. Emilly conta que a ideia do projeto surgiu dentro da Enactus UFPA, com o nome “Projeto Girassol” e acabou se transformando no Projeto Amaru, que agora foca na comercialização do biocombustível, após formalização e validação da ideia. “A gente quer se tornar uma referência na Amazônia, no setor de biocombustível, e também uma empresa referência em sustentabilidade, que tenha um impacto social”, aspira Emilly sobre as perspectivas de futuro para o projeto.

Leia mais:

TEXTO: Vinicius Gonçalves - Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

FOTOS: Vinicius Gonçalves

Relação com os ODS da ONU:

ODS 4 - Educação de QualidadeODS 9 - Indústria, Inovação e Infraestrutura

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