UFPA realiza recepção para estudantes internacionais

A Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio da Pró-Reitoria de Relações Internacionais (Prointer) e do Centro de Internacionalização, promoveu, na última terça-feira, 15 de abril, o evento Recepção de Estudantes Internacionais – Integrar e Incluir. A atividade, realizada no auditório H1 do Campus Guamá, marcou o acolhimento institucional de 64 alunos estrangeiros que iniciam suas trajetórias acadêmicas na UFPA em 2025.

A mesa de abertura contou com a presença do reitor Gilmar Pereira da Silva e da vice-reitora Loiane Prado Verbicaro, além da participação da pró-reitora de relações internacionais, Lise Tupiassu; da pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Maria Iracilda Sampaio; do pró-reitor de extensão, Nelson de Sousa Junior; da professora Joelma Morbach, representando a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PROEG); da assistente social Helen Marcele Carvalho dos Santos, representando a Pró-Reitoria de Assistência e Acessibilidade Estudantil (PROAES); do diretor do Centro de Internacionalização, Marcelo Galvão; e da professora Isabel Rocha, representando a Superintendência de Políticas Afirmativas e Diversidade (Diverse).

Durante a cerimônia, as autoridades reafirmaram o compromisso da UFPA com a promoção da internacionalização do ensino superior, pautada por valores de inclusão e acolhimento. O reitor Gilmar Pereira da Silva deu as boas-vindas às/aos estudantes, incentivou o grupo a participar de diferentes atividades na Universidade e ressaltou que está à disposição para recebê-la(os) em seu gabinete.

“ Esse é um momento de grande satisfação e também de responsabilidade. A UFPA trabalha para oferecer um ambiente acolhedor, inclusivo e culturalmente rico, onde cada estudante se sinta parte da nossa comunidade. Nosso compromisso é garantir não apenas excelência na formação, mas também  bem-estar e apoio nessa fase de integração desses jovens que escolhem a UFPA como espaço de aprendizado e troca”, destacou Gilmar Pereira da Silva.

Fotografia mostra mesa onde estão sentados homens e mulheres e uma plateia. Na mesa, uma mulher branca, de pé, fala ao microfone.

A vice-reitora, Loiane Verbicaro, complementou a fala do reitor, enfatizando a importância das(os) discentes para a construção coletiva do saber na Universidade.

“Somos um espaço de diversidade. Diversidade de perspectivas de conhecimento, mas também diversidade de culturas, de existências, de histórias de vida. Então, é muito bom também aprender com vocês nesse processo.” afirmou a vice-reitora.

A pró-reitora de Relações Internacionais, Lise Tupiassu, evidenciou o senso de responsabilidade da instituição em acolher pessoas que atravessaram oceanos e fronteiras para estudar na UFPA e como a presença dessas(es) estudantes representa um sinal de esperança e resistência em meio ao cenário geopolítico global atual. “Por meio dessas conexões a UFPA forma cidadãos mais preparados e comprometidos com os desafios do mundo”, defendeu.

As(Os) discentes internacionais são oriundas(os) de países da África, América do Sul, América do Norte e Ásia. Elas(es) chegaram à instituição por meio de convênios e programas de cooperação internacional e estão vinculadas(os) tanto à graduação quanto à pós-graduação.

“A presença cada vez maior de estudantes internacionais na UFPA enriquece o ambiente acadêmico, pelo fato de promover o intercâmbio de saberes e também de valores culturais diversos. O acolhimento que tivemos o prazer de lhes dar fortalece os processos de internacionalização e amplia a projeção global da universidade”, avaliou o diretor do Centro de Internacionalização, Marcelo Galvão.

Inspiração – Um dos momentos significativos da manhã foi a fala de Laura Garzón, vice-presidente da Associação dos Estudantes Estrangeiros da UFPA (AEE/UFPA). Residente em Belém há cinco anos, a estudante compartilhou sua experiência pessoal e incentivou as(os) recém-chegadas(os) a se engajarem ativamente na vida acadêmica e construírem redes de apoio ao longo da jornada universitária.

Fotografia de jovem branca falando ao microfone. Ela está de pé e à frente de um mastro com as bandeiras da UFPA, do Pará e do Brasil.

“É uma fase difícil, a gente deixa a nossa cultura, os nossos amigos e vem em busca de um bem maior, de conhecimento. Eu fiz o meu mestrado e agora estou no doutorado. Vocês vão poder conhecer Belém, o tacacá, o açaí e muitas outras coisas que farão muitos quererem ficar. Vivam a Universidade, vivam a cidade. Não se encabulem com qualquer dificuldade com a língua, a adaptação é questão de tempo”, aconselhou a jovem.

A programação do evento também contou com uma sessão técnica com orientações institucionais, espaço para perguntas, além apresentações culturais. As atividades tiveram como finalidade facilitar a adaptação das(os) estudantes e promover sua integração à comunidade acadêmica.

Ao longo do dia, as(os) discentes também relataram suas primeiras impressões sobre Belém e as razões que as(os) motivaram a estudar na UFPA. Para Sarah Baptista, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais (PPGDT), ingressar na instituição representa dar continuidade a um legado familiar. A estudante contou que sua história com a Universidade começou mesmo antes do seu nascimento, com o seu pai, que cursou mestrado e doutorado na UFPA e se tornou vice-reitor na Universidade Agostinho Neto, em Luanda.

Fotografia de uma jovem negra. Ela está de blusa preta e usa acessórios coloridos.

“Na SBPC eu vim em uma palestra onde estava a professora Cláudia Pinheiro, e ela me incentivou. Aí eu pensei e falei: Eu vou estudar (para a prova de mestrado) porque eu quero que a universidade faça parte da minha vida assim como foi com o meu pai”. E ele teve o sucesso dele” destacou a estudante.

Já para Naomi Urriola, estudar na UFPA marca um passo importante em seu crescimento pessoal. A discente veio do Panamá e está concluindo o curso de Português para Estrangeiros (PLE) antes de iniciar o Bacharelado em Engenharia Naval.

Fotografia de jovem branca. Ela usa blusa assimétrica e está de cabelo preso.

“É bem difícil ser imigrante, bem difícil mesmo. Porque tu estás longe da família, sente saudade da tua cultura. Mas eu tô achando Belém muito legal e com pessoas muito boas. Estar num país como o Brasil me faz crescer como pessoa. Fico mais madura, com mais responsabilidades”, comentou Naomi. “Não temos no Panamá um curso voltado a área naval como aqui na UFPA, tenho certeza que será uma experiência muito boa para mim e para o meu futuro”.

Com iniciativas como esta, a UFPA reafirma seu papel com a internacionalização do ensino superior, fortalecendo o intercâmbio de saberes, o diálogo intercultural e seu compromisso como instituição pública, democrática e socialmente comprometida.

TEXTO: Luan Cardoso, Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

FOTOS: Alexandre de Moraes, Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

Relação com os ODS da ONU:

ODS 4 - Educação de Qualidade

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