UFPA sedia programação de letramento e educação ecológica para a comunidade CT&I na COP 30

Em preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes-COP 30), que ocorre em novembro deste ano na capital paraense, a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) apoia uma programação voltada ao letramento e à educação ecológica para a comunidade de Ciência Tecnologia e Inovação na COP 30: o programa Motirõ, cuja abertura aconteceu na última terça-feira, 6 de maio de 2025, no auditório do Instituto de Ciências Biológicas (ICB-UFPA), em Belém. As atividades terão a duração de cinco meses (até o fim de outubro), com palestras de temáticas variadas.

“Nosso objetivo é proporcionar aos colaboradores, parceiros, entidades apoiadas, servidores públicos, além de outros convidados, um mergulho nas realidades amazônicas, permitindo que aprofundemos conhecimentos e que possamos, com propriedade, falar sobre a região, afinal, somos muito mais que um bioma”, afirma o diretor executivo da Fadesp, Roberto Ferraz Barreto. 

Fotografia registra o diretor executivo da Fadesp, Roberto Ferraz Barreto, enquanto ele fala ao microfone.

Segundo Roberto Ferraz Barreto, a instituição deseja contribuir para debates e discussões ampliadas, com responsabilidade e respeito à diversidade sociocultural da região. “Queremos ir além dos clichês, uma vez que é impossível falar sobre uma Amazônia e um único povo. São muitos os contrastes, diferenças, realidades. E são muitas as motivações que nos unem, sobretudo no que diz respeito a buscar alternativas de manter o planeta vivo e saudável”, pontua.

Educação ecológica – Motirõ é uma palavra de origem tupi-guarani e significa “reunião de pessoas colhendo ou construindo algo juntos, uns ajudando os outros”, características que sintetizam o programa de educação/letramento ecológico, que seguirá até outubro deste ano. “Investir em ciência, tecnologia e inovação na Amazônia é fundamental para o desenvolvimento do ensino e da pesquisa, principalmente quando constatamos que a UFPA, assim como as universidades federais do norte do Brasil, recebe o menor índice orçamentário de assistência estudantil per capita do país”, ressaltou o reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva, presente no lançamento da programação. 

Ele também destacou o momento histórico marcado pela realização da Conferência Mundial do Clima na região. “Temos o Movimento Ciência e Vozes da Amazônia na COP 30, formado pela UFPA, Fadesp, nossos 11 reitores da Amazônia e mais 70 do Brasil, que tem dialogado bastante, e esses esforços conjuntos têm resultado em uma série de eventos temáticos ao longo do ano, para os quais, convido toda a nossa comunidade a participar”, enfatizou. 

Fotografia registra a mesa de um evento, nela estão o reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva, a procuradora federal; a chefe da Procuradoria Federal da UFPA, Fernanda Monte Santo; e diretor executivo da Fadesp, Roberto Ferraz Barreto.

Desta forma, segundo o reitor, a UFPA tem se colocado à disposição da ciência brasileira e mobilizado cientistas e pesquisadores amazônidas para além da COP. “Reconhecemos a importância da fase Pré-COP e a própria realização do evento em novembro, mas o mais relevante será o legado, aquilo que vai ficar após a conferência”, complementa.

Marco Legal da Ciência Tecnologia e Inovação – A  primeira palestra do Motirõ teve como tema “Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação: apresentação, políticas de inovação e fomento às atividades de PD&I na Amazônia”, da Equipe de Ciência, Tecnologia e Inovação da Procuradoria-Geral Federal (PGF/AGU), e teve o lançamento oficial da primeira edição da Política de Inovação “ECT&I Normas”.

“O Marco Legal é um conjunto de normas que destacam as medidas referentes à realização das pesquisas na área de ciência e tecnologia, possibilitando a cooperação entre instituições de ensino, de pesquisa e empresas, visando à criação e transferência de tecnologia. Prevê também a criação de mecanismos de fomento para o financiamento de projetos, programas e políticas de pesquisa”, explica Ludmila Dias, coordenadora da Equipe. 

Além da UFPA, integram a Equipe (ECT&I) da Procuradoria-Geral Federal (a Advocacia-Geral da União), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), e há uma expectativa de adesão da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). 

Para a procuradora federal, chefe da Procuradoria Federal da UFPA, Fernanda Monte Santo, esse debate é essencial para o entendimento e a implementação da lei em questão. “Este encontro é muito mais que uma agenda técnica, é uma oportunidade concreta para refletirmos sobre os avanços, os entraves e principalmente as possibilidades abertas pelo Marco Legal da Ciência Tecnologia e Inovação, uma legislação que veio pra transformar, mas que exige ainda muito diálogo e entendimento para tornar-se uma realidade plena dentro das universidades e institutos de pesquisa”, pontuou a procuradora, que participou da mesa de abertura, acompanha pela reitora da Universidade Federal Rural da Amazônia, Herdjania Veras de Lima, e pelo procurador federal e consultor federal em Educação, Gesiel Pena. 

A mesa de abertura do Motirõ também teve a presença de todos os procuradores federais da Equipe de Ciência, Tecnologia e Inovação (ECT&I) da Procuradoria-Geral Federal (Advocacia-Geral da União), que estiveram em Belém especialmente para o evento, com transmissão ao vivo pela internet. 

Confira aqui a programação completa do Motirõ-FADESP.

TEXTO: Ana Teresa Brasil - Assessoria de Comunicação do Movimento Ciência e Vozes da Amazônia na COP 30

FOTOS: Paulo Castro

Relação com os ODS da ONU:

ODS 4 - Educação de QualidadeODS 13 - Ação Contra a Mudança Global do Clima

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