A Universidade Federal do Pará (UFPA) foi uma das instituições selecionadas na segunda chamada pública da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) para a seleção de centros de pesquisa para a Rede de e-Ciência. A Rede e-Ciência é uma infraestrutura estratégica de conectividade dedicada a centros de pesquisas que possuem requisitos avançados de processamento, análise, transmissão e armazenamento de grandes volumes de dados científicos. A UFPA integrará a Rede por meio do Projeto Genomas SUS, desenvolvido pelo Laboratório de Genética Humana e Médica (LGHM), em colaboração com o Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (Ctic).
A Rede de e-Ciência contempla políticas e serviços especializados que se voltam ao fortalecimento de Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs) em que operam centros de supercomputação, laboratórios multiusuários e outras infraestruturas de pesquisa de grande porte. Seu propósito é fomentar a modernização, a integração nacional e o avanço das capacidades científicas e tecnológicas do país.

Segundo a professora Ândrea Ribeiro dos Santos, coordenadora do Centro Âncora da Amazônia do Projeto Genoma SUS, a proposta apresentada pela UFPA contempla o desenvolvimento de atividades voltadas à caracterização dos aspectos genômicos que impactam o processo saúde-doença da população brasileira.
“Trata-se de uma iniciativa que fortalece a integração entre pesquisa de vanguarda e saúde pública, ao mesmo tempo em que posiciona a UFPA como protagonista na produção de conhecimento científico aplicado à realidade socioambiental da Amazônia”, destaca a docente.
Com essa conquista, a UFPA passa a compor um grupo de 16 instituições nacionais vinculadas ao segmento da saúde, ao lado de organizações como Fiocruz (PR), UFMG, UFRJ, INC e Senai Cimatec, com as quais estabelecerá conexão direta para a realização de pesquisas colaborativas em larga escala.

Como funciona – As unidades que desenvolvem o projeto serão as responsáveis por instalar, configurar e operacionalizar a infraestrutura de conectividade e segurança da informação disponibilizada pela rede. O Ctic, por exemplo, atuará na configuração da infraestrutura tecnológica e na hospedagem dos equipamentos necessários à interconexão da UFPA à rede e-Ciência, além de operacionalizar toda a estrutura de redes e os sistemas de segurança da informação envolvidos no projeto, no âmbito da Universidade.
Com essa adesão à Rede e-Ciência, o LGHM e a UFPA passarão a contar com conectividade dedicada de, no mínimo, 100 gigabits por segundo (Gb/s), dez vezes superior à capacidade atualmente disponível na Instituição. “Trata-se de um salto significativo na infraestrutura de rede da UFPA, que permitirá atender, com eficiência, às demandas crescentes das nossas pesquisas”, destaca Marco Aurélio, diretor do Ctic.
Além do enlace de alta velocidade, a Universidade também será contemplada com consultorias especializadas em engenharia de redes e segurança da informação, avaliações de riscos cibernéticos e equipamentos de última geração, incluindo switches com portas de 100 Gb/s, servidores para transferência de dados em alto desempenho (DTN), sistemas de monitoramento e infraestrutura para gerenciamento remoto, para a utilização em atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação.
A nova infraestrutura ampliará, significativamente, a capacidade da UFPA de colaborar em projetos nacionais e internacionais, impulsionando estudos em áreas estratégicas e consolidando a Instituição como referência em conectividade e produção científica de alto impacto no Norte do Brasil.
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