Planejar um futuro mais democrático, com justiça, equidade de gênero e inclusão social e, ao mesmo tempo, avançar nos instrumentos de gestão, incorporando tecnologias e sistemas que otimizem processos e cooperem para o fortalecimento institucional. Com essas perspectivas, a comunidade da Universidade Federal do Pará (UFPA) dá início ao período de formulação do novo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para o decênio 2026-2035. O trabalho reforça a importância da participação coletiva na proposição e formulação das políticas institucionais.
O PDI é o principal instrumento de planejamento das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), que serve como um guia para a melhoria contínua das ações institucionais a fim de que estejam alinhadas com as demandas sociais e as políticas públicas educacionais e que também permite que a Universidade atue de maneira proativa, respondendo às necessidades da comunidade para o desenvolvimento regional e nacional. A sua construção parte de um processo participativo e democrático, por isso a UFPA, como instituição multicampi, presente em diversos municípios do Pará e da Amazônia, realiza escutas amplas que visam contemplar a diversidade que compõe a comunidade universitária.
“Este é o momento de nós dizermos o que queremos para a Universidade. E o bom de tudo isso é que nós não partimos do nada, mas de um acúmulo extraordinário. Somos uma universidade com mais de 50.000 alunos, com uma comunidade de mais de 65.000 pessoas, além de um conjunto de campi com cursos de graduação, programas de mestrado e doutorado. Então, este momento se caracteriza como um espaço para dizermos o que já fizemos e a dificuldade que tivemos para fazer, e o que pretendemos fazer e como vamos fazer”, lembrou o reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva. ao desejar que todos possam contribuir para o desenvolvimento de “um PDI à altura da Universidade”.
Um dos desafios que a Universidade pretende alcançar com o PDI é o avanço na política de sustentabilidade. De acordo com a vice-reitora, Loiane Prado Verbicaro, há unidades que já executam ações sustentáveis, mas a intenção é fazer com que o tema seja amplamente difundido por toda a instituição para que a UFPA se torne uma referência na Amazônia, com a execução de todas as políticas de sustentabilidade que forem possíveis. Por isso este momento, para ela, “é histórico e eminentemente coletivo, assim como é a própria educação”.
Política Institucional – Planejar as políticas institucionais implica também pensar em termos de inclusão social como componente essencial para a efetivação dos direitos humanos. “Eu acho que este é o nosso compromisso por excelência. É trabalhar a excelência acadêmica junto com a inclusão social em todos os âmbitos”, afirmou Verbicaro.
A equidade de gênero foi outro ponto destacado no lançamento oficial do período de construção do novo PDI da UFPA. O trabalho é desenvolvido atualmente pela Comissão de Equidade e Gênero, que atua de forma transversal, por meio de mudanças em editais, promoção de rodas de conversas, discussões, associando a questão a outras dimensões, outros marcadores de opressão, como a questão da sexualidade, a questão racial, de classe, em um processo que se busca ser estruturante.
Minha Opinião – Como parte das atividades que compõem a preparação do novo PDI, a Proplan lançou a Pesquisa “Minha Opinião”, uma ferramenta para a comunidade universitária avaliar as atividades institucionais em ensino, pesquisa, extensão, gestão e infraestrutura e, com isso, possibilitar à gestão da Universidade a identificação da necessidade de melhoria e aprimoramento das ações que estão sendo realizadas.
A expectativa é que os resultados da pesquisa ajudem na elaboração do novo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2026-2035 da UFPA. A Comissão Própria de Avaliação (CPA) é a responsável pela prática da avaliação institucional, de modo que essa ação seja norteadora na tomada de decisões, gerando reflexão permanente das ações na Universidade, visando fortalecer as relações da Instituição com a comunidade interna e com a sociedade civil.
Podem participar estudantes, servidores técnico-administrativos e docentes. Acesse aqui.
Diretrizes organizacionais – Durante o evento, foram apresentados os conjuntos de diretrizes organizacionais que orientarão gestores(as), docentes, técnicos(as), discentes e demais partes interessadas no planejamento estratégico da Universidade e que garantam coerência e alinhamento institucional em todas as etapas do processo. De acordo com o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, Cristian Mayko da Costa, após o trabalho dos grupos temáticos, serão realizados seminários de apresentação dos resultados com toda a comunidade para visualizar e debater o que está sendo proposto de planejamento.
“O maior desafio que está colocado para o PDI é que ele tenha uma proposta realmente realística para combater muitas coisas que hoje afetam a Universidade e a formação. O planejamento é algo que não é estático, muito pelo contrário, ele tem que ser aderente ao momento que estamos vivendo. Hoje, as mudanças estão acontecendo com uma frequência muito mais rápida do que quando a gente construiu o atual documento em 2016”, alertou Cristian Mayko da Costa.
A mesa de lançamento do PDI 2026-2035 foi constituída pelo reitor, Gilmar Pereira da Silva; pela vice-reitora, Loyane Verbicaro; e pelo pró-reitor da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Proplan), Cristian Mayko da Costa. Após o evento de lançamento, a diretora da Comissão Própria de Avaliação (CPA), Maria Lúcia Harada, apresentou a palestra “Avanços da UFPA a partir do PDI de 2016-2025”, com os índices institucionais em todos os eixos orientadores do planejamento estratégico.
