A Universidade Federal do Pará (UFPA) recebeu, na manhã desta sexta-feira, 4 de julho, a visita institucional de representantes do Greenpeace, da Sea Shepherd e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável. A comitiva foi recebida pelo reitor da UFPA, professor Gilmar Pereira da Silva, e pela pró-reitora de Relações Internacionais, professora Lise Tupiassu, em um encontro voltado ao diálogo sobre possíveis cooperações entre as entidades e a Universidade durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém, no mês de novembro.
Durante a reunião, o diretor técnico do Greenpeace no Brasil, Agnaldo Almeida, apresentou as principais frentes de atuação da organização, com destaque para ações de preservação da Amazônia, enfrentamento às mudanças climáticas e promoção da justiça ambiental. Ele ressaltou a importância do fortalecimento de parcerias com instituições de ensino e pesquisa da região, como estratégia para amplificar a voz da Amazônia no debate climático global.

“O Greenpeace acredita que a educação é uma das ferramentas mais poderosas para o enfrentamento da crise climática. Estar na Amazônia, dialogando com uma universidade como a UFPA é fundamental para pensar soluções baseadas, sim, no conhecimento científico, mas englobando os saberes tradicionais e a atuação conjunta da sociedade civil organizada”, destacou Agnaldo.
A representante da Sea Shepherd Brasil, Bruna Carboni, destacou o interesse da organização em ampliar o diálogo com instituições científicas da Amazônia, ressaltando a importância de parcerias com universidades públicas para o fortalecimento de ações conjuntas de pesquisa, educação ambiental e incidência política. “Temos um compromisso muito forte com a educação ambiental e com a ciência aplicada à proteção dos ecossistemas marinhos e costeiros da Amazônia. Em todas as nossas campanhas, há uma frente de pesquisa estruturada, que coleta dados fundamentais e os leva para o centro do debate político. Estreitar o diálogo com a UFPA seria uma oportunidade valiosa de construir pontes entre o conhecimento científico, a sociedade e a tomada de decisão”, afirmou.

A reitoria da UFPA demonstrou receptividade à proposta e destacou o alinhamento da iniciativa com os princípios e compromissos institucionais da Universidade com a pauta ambiental, com a educação crítica e com a promoção de alianças interinstitucionais em prol da sustentabilidade.
“A COP 30 representa uma oportunidade única para a Amazônia e suas instituições reafirmarem o seu papel na agenda climática global. A UFPA tem atuado com firmeza na articulação entre ciência, saberes tradicionais e movimentos sociais. Parcerias como essa, com entidades que têm trajetória de luta socioambiental, fortalecem nossa presença nesse processo e ampliam o impacto das nossas ações”, destacou o reitor Gilmar Pereira da Silva.

A pró-reitora Lise Tupiassu também destacou a importância do momento para a internacionalização das ações da UFPA, enfatizando que a Universidade tem buscado consolidar redes de cooperação com instituições de diversas partes do mundo que compartilham o compromisso com a justiça climática e o protagonismo da Amazônia.
“Este é um momento muito significativo para a internacionalização da UFPA, pois reafirma nosso compromisso em consolidar redes de cooperação com instituições de diferentes partes do mundo — neste caso, com o Greenpeace e com a Sea Shepherd, organizações que compartilham conosco a defesa da justiça climática e a valorização do protagonismo amazônico como eixo central das transformações globais” reforçou Lise Tupiassu.
Também participaram da reunião, representando o Instituto de Desenvolvimento, Wilson Lindebergh, Caio D’Oliveira e Robério D’Oliveira.