Com a proposta de apresentar a diversidade de peixes da Região Amazônica, o Aquário Amazônico, do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Pará (IG/UFPA), abriu suas portas para a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Durante os seis dias de evento, o espaço reuniu cerca de dois mil visitantes para conferir aproximadamente 30 espécies de peixes dos rios da Amazônia expostos.
Em funcionamento há quase dois anos, o aquário é um espaço de troca de experiências e conhecimento científico que tem o objetivo de conscientizar a população sobre a preservação do meio ambiente, especialmente dos animais que vivem em nossos rios. Com a realização da SBPC na Amazônia, o espaço teve a oportunidade de alcançar mais pessoas, de todas as idades, levando esse conhecimento a um público de diferentes regiões do país.
“Na SBPC, nós trouxemos o aquário, sobretudo, como um fator de conscientização sobre a importância de preservar o ambiente, devido à biodiversidade, que, na Região Amazônica, é bem abundante. Esta é uma oportunidade de mostrar a variedade de espécies que nós temos, dentro de um contexto histórico e científico também”, explicou o monitor do aquário, Fernando Farias Marques.
Além do conhecimento científico – Valorizar e divulgar as pesquisas desenvolvidas na Amazônia é primordial para que o resto do Brasil e do mundo possa compreender o que, de fato, é a Amazônia e o que é ser amazônida. Mas o fazer ciência nesta região vai muito além de pesquisas, dados e tabelas. Aqui, o tradicional e o científico se fundem em um caminho intrínseco, rumo ao conhecimento.
As matas, as plantas e, neste caso, os rios carregam histórias, crenças e saberes que ultrapassam os muros da universidade. No aquário, por exemplo, o conhecimento de pescadores e ribeirinhos sobre os peixes encontrados nos rios da Amazônia é utilizado para apresentar as espécies em exposição, a fim de aproximar a população desse conhecimento.
“Muitos dos nossos conhecimentos sobre os peixes daqui são iniciados dentro de casa, com nossos pais, tios e familiares. Nós utilizamos isso para aproximar o público do conhecimento científico que nós produzimos aqui. A linguagem que nós usamos é fundamental para que as pessoas possam entender e compreender a importância de preservar nossos rios. Nossos peixes não são só alimentos ou animais para deixarmos de enfeite nas nossas salas”, finaliza o discente de Oceanografia Fernando Farias Marques.
Aquário Amazônico – Localizado no Setorial Básico da UFPA, no prédio anexo ao Instituto de Geociências, o aquário está aberto para visitação de segunda a sexta, das 14h às 17h. As visitações podem ser individuais ou em grupo e as recomendações são: não utilizar flash em fotos, falar baixo, não bater nos vidros dos aquários e não alimentar os animais.
O estudante Arthur Elleres, do curso de Ciência da Computação da UFPA, que participou das atividades do aquário durante a SBPC, recomenda essa experiência para todos. “Eu achei bem interessante. É muito legal poder conhecer um pouco mais da biodiversidade da nossa região. Eu, particularmente, recomendo que todos venham conhecer o espaço, pois todas as faixas etárias conseguem aprender algo novo, além de se divertir também”, comentou o estudante.
O Aquário Amazônico é um projeto de extensão da Faculdade de Oceanografia da UFPA, desenvolvido junto ao Laboratório de Pesquisa em Monitoramento Ambiental Marinho (Lapmar), com a coordenação do professor James Tony Lee. Para saber um pouco mais sobre o espaço, acesse o Instagram do projeto.
