A Biotecnologia pode ser entendida não só como uma ciência, mas também como uma ferramenta que está inserida em diversos setores produtivos da sociedade, da agroindústria à radiação nuclear, passando por serviços essenciais à vida humana, como a saúde. São várias possibilidades de entrelaçamento científico que as Faculdades de Biotecnologia e de Engenharia de Bioprocessos, do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA, estão expondo ao público no estande localizado na tenda SBPC Jovem, nesta 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, em Belém (PA).
Nilton Akio Muto, professor-adjunto da Faculdade de Biotecnologia, é um dos coordenadores do estande. Ele explica o conceito da ciência como ferramenta que se entranha em diversos setores econômicos da sociedade, entre os quais, a agroindústria, a indústria farmacêutica, a indústria de cosméticos, a radiação nuclear, a saúde, a petroquímica e o meio ambiente. “Todas estas diferentes áreas, de alguma maneira, estão conectadas com a Biotecnologia. Na nossa região, o que a Biotecnologia agrega a elas é a sua perspectiva de, como a ciência, poder contribuir para a inovação, a sustentabilidade e, principalmente, para a bioeconomia da Amazônia”, informa.
A história da Biotecnologia na UFPA evidencia como está acelerado o desenvolvimento desta área científica. A faculdade foi criada em 2007, quatro anos depois, o Instituto de Ciências Biológicas já oferecia vagas para mestrado e doutorado no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia.
Os visitantes do estande da SBPC têm a oportunidade de conhecer alguns projetos desenvolvidos nos Laboratórios de modelagem molecular; Pesquisa em meio ambiente e conservação; Simulação e biologia computacional; Biologia estrutural; Bioprospecção e inovação tecnológica de produtos naturais da Amazônia; Biomateriais, bioprodutos e tecnologias de biofabricação; Valorização de compostos bioativos da Amazônia. Entre os projetos, estão o processo de monitoramento de águas para detecção de possíveis patógenos; o uso de nanomateriais em impressoras 3D para modelagem de próteses e ortopróteses e outros materiais de interesse biológico; o emprego de computadores em pesquisas de proteínas que podem ser utilizadas como receptores de ligação na saúde humana.
Quem tiver na 76ª RA da SBPC conhecerá o passo a passo de como se faz a cultura de tecidos vegetais em laboratórios e a aplicação desses tecidos na pesquisa de compostos bioativos, como na replicação de espécies vegetais já ameaçadas de extinção, por exemplo, o mogno e outras espécies de grande interesse econômico.