A edição do Desafio Universitário Inove+ 2024, realizado pela Agência de Inovação Tecnológica da UFPA, ganhou destaque pelo maior número de ideias voltadas para negócios de impacto socioambiental e também pela participação de universitários de estados da região norte: Pará, Amapá, Acre e Amazonas. Com 233 inscritos, o evento contou com 49 ideias submetidas de áreas como: educação, tecnologia, resíduos, serviços, segurança, saúde, alimentos e bebidas, energia, entre outras. Após quase dois meses de capacitações e mentorias, 20 ideias sagragam-se finalistas.
Desde sua primeira edição em 2014, o Desafio Universitário Inove+ incentiva a transformação de ideias que contribuem para a promoção de soluções que enfrentam os desafios da Amazônia. Hoje, estabelecido como um espaço propício para o desenvolvimento de uma educação empreendedora voltada para estudantes universitários, o Desafio tem o poder de engajar estudantes em suas diferentes etapas e propiciar conexões com profissionais já atuantes no mundo das startups e entidades que trabalham com inovação.
“Foram cerca de 50 profissionais voluntários, a maioria da região Norte, todos empenhados em auxiliar os membros das equipes no aprimoramento das suas ideias. Essas conexões são fundamentais para que os estudantes sintam apoio e incentivo de profissionais que já passaram pela fase que estão vivenciando. Cerca de 20% desse time já havia passado por alguma edição do Inove+, o que significa que o projeto favorece o crescimento profissional no empreendedorismo e inovação e ainda cria esse sentido de retribuição e compartilhamento do conhecimento”, ressalta Aline Casimiro, coordenadora do Inove+ 2024.
Os vencedores da edição 2024 foram anunciados em cerimônia virtual, que contou com apresentações de pitchs das equipes e arguição dos jurados. Além de apresentarem ideias criativas, os projetos também se destacaram pelo compromisso com o desenvolvimento sustentável e a valorização da biodiversidade amazônica.
Na categoria Negócios Inovadores, os premiados foram: em primeiro lugar, o Zarpar APP, aplicativo no qual os usuários podem consultar horários, escolher embarcações e comprar passagens sem precisar ir fisicamente até o porto, desenvolvido pelos estudantes Samuel Novaes, Henrique Silva e Jessica Ribeiro; em segundo lugar, o BioPro, que apresentou uma bebida probiótica à base de frutos amazônicos e livre de lactose, voltado para pessoas intolerantes ou alérgicas, atendendo a um mercado que cresce 11% ao ano, de autoria de Rodolfo Homci, Carlos Ribeiro e Bruno Teixeira; e, em terceiro lugar, o Router Açaí, que propôs uma solução para o descarte de caroços de açaí, transformando-os em energia renovável e limpa, ideia de Alan Miranda, Cleyson Melo, Riquelme Cardoso e Lucas Albuquerque.
Já a categoria Negócios de Impacto Socioambiental teve como vencedores os seguintes projetos: em primeiro, o Biolume, com uma solução para o descarte inadequado de óleo de cozinha, transformando-o em biodiesel, proposto por Adriely Raiol, Evelyn da Costa, Márcio Ribeiro, Luise de Moura, Jamilly Maciel e Linda Ferreira; em segundo, o Amaru, que pretende transformar resíduos amazônicos, como caroço de açaí e casca de cacau, em briquetes – biocombustíveis sólidos sustentáveis e foi proposto por Emilly Silva, Camila Launé, Cassiano Costa, Fernanda Lopes, Ana Clara e Maria Eduarda; e, em terceiro, o Amazônia Sustentável , que utiliza larvas da mosca-soldado-negra (BSF) para transformar resíduos orgânicos em adubo e ração animal, e pretende proporcionar parcerias estratégicas entre indústrias e produtores rurais, promovendo uma cadeia produtiva sustentável e economicamente viável, idealizado por Gabriel Oliveira da Silva, Mateus Matos, Naila Gutierrez e Larissa Moraes.