Em 2024, no Campus de Cametá, tem início as atividades da Primeira Turma Flexibilizada de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Pará (PPGL/UFPA). O semestre letivo começará com a aula inaugural que discutirá temas ligados às questões contemporâneas da área de Letras relacionadas à tecnologia e a práticas inclusivas. Na ocasião, será realizado também um encontro acadêmico que contará com mesas e rodas de conversas coordenadas por docentes e discentes do PPGL e do Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura (PPGEDUC/UFPA-Cametá).
Toda a programação presencial será realizada no Campus de Cametá, nos dias 21 e 22 de março. A Aula Inaugural “Questões germinantes: Inteligência Artificial e Decolonialidade”, será ministrada pela professora Simone Tiemi Hashiguti (UNICAMP), e as mesas serão transmitidas, ao vivo, pelo canal do PPGL-UFPA, no YouTube.
Os Programas de Pós-Graduação são avaliados pela CAPES com notas que variam de 1,0 a 7,0 de acordo com suas produções. O PPGL/UFPA, atualmente, está avaliado com nota 6,0 o que representa excelência de pesquisas em âmbito internacional.
“Estamos localizados em uma região bastante afetada por assimetrias acadêmica e econômicas, mas extremamente rica em sua sociobiodiversidade. As populações tradicionais amazônicas, historicamente, vivem processos de expropriação cultural e econômicas, por isso é tão necessária a expansão da pós-graduação da Universidade Federal do Pará e seu compromisso em problematizar e propor soluções criativas para diminuir essas assimetrias”, destacam os organizadores do evento.
Programas Stricto Sensu (mestrado e doutorado) comprometidos com as populações da região precisam fortalecer parcerias em projetos de pesquisa e extensão fora das capitais, para ampliar as possibilidades simbólicas de compreensão de mundos e cada vez mais criar estratégias de visibilidades para os processos que envolvem as oralidades amazônicas em saberes locais e projetos globais.
“Nosso campo de atuação é a formação de recursos humanos qualificados na Área de Letras para atuar na educação, em seus mais diferentes níveis. Hoje, numa perspectiva regional, mas também nacional e internacional, porque formamos mestres e doutores de outras regiões e de outros países, como Peru, Angola, Timor Leste. Portanto, procuramos compreender a globalização e suas repercussões locais. Nesse processo, não podemos silenciar em relação às mudanças climáticas, pois acompanhamos as transformações nas paisagens naturais e nas formas de vida na Amazônia”, defendem.
