O Centro de Excelência para o Mar Brasileiro (Cembra) e a Universidade Federal do Pará (UFPA) celebraram, na última segunda-feira (9 de junho), em Belém, a assinatura do Acordo de Cooperação que marca o início de uma parceria estratégica entre as instituições. A Cerimônia foi realizada no auditório Portal da Amazônia, nas instalações do Comando do 4º Distrito Naval, e contou com a presença de autoridades civis e militares, reforçando o caráter multidisciplinar e interinstitucional da iniciativa.
Participaram do evento o Coordenador Executivo do Cembra e ex-Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Julio Soares de Moura Neto; o Comandante do 4º Distrito Naval, Vice-Almirante Adriano Marcelino Batista; a vice-reitora da UFPA, professora Loiane Prado Verbicaro; o diretor da Faculdade de Oceanografia da UFPA, professor Maâmar El Robrini; e o Chefe do Estado-Maior do Comando do 4º Distrito Naval, Contra-Almirante Mauricio Barata Soares Coelho Rangel.
O acordo consolida a entrada da UFPA na rede de cooperação do Cembra, que já reúne instituições como a Marinha do Brasil, a Universidade Federal do Rio Grande (FURG), a Coppe-UFRJ, a Fundação de Estudos do Mar (FEMAR), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM). Para o Almirante Moura Neto, a adesão da UFPA representa um marco na estratégia de ampliação da atuação do Cembra nas diferentes regiões costeiras e oceanográficas do país.
“Desde a concepção do Centro, esteve claro o compromisso com a construção de uma rede colaborativa ampla, diversa e representativa. A parceria com a UFPA concretiza uma aspiração antiga: fortalecer os laços com instituições do Norte e do Nordeste brasileiro”, destacou o Coordenador Executivo do Cembra.
A cooperação com a UFPA vem sendo construída desde novembro de 2024, quando representantes do Cembra se reuniram com a vice-reitora Loiane Prado Verbicaro, durante o VI Simpósio Brasileiro de Geologia e Geofísica Marinha, realizado na Faculdade de Oceanografia da universidade. Desde então, os diálogos evoluíram até a formalização do acordo.
Durante o evento, a vice-reitora da UFPA, professora Loiane Prado Verbicaro destacou a importância da aproximação entre as instituições e a relevância do Cembra como parceiro de excelência, e ressaltou que a UFPA, reconhecida como a maior universidade da Região Norte e da Pan-Amazônia, se destaca não apenas pelo seu porte, mas pela qualidade de suas pesquisas. Para ela, a parceria com o Cembra representa uma oportunidade concreta de ampliar o alcance e a aplicação do conhecimento científico gerado na universidade.
“Vemos no Cembra uma instituição de excelência, com a qual temos grande satisfação em estreitar laços. Essa parceria é apenas o início de um caminho que certamente será frutífero para ambos os lados, e que pode abrir portas para outras iniciativas conjuntas”, afirmou a vice-reitora.
Finalizando sua fala, a professora reiterou, ainda, o compromisso da UFPA com a ciência, a inovação e a construção de parcerias sólidas: “A UFPA está aberta e disponível para construir pontes entre o setor público e privado, sempre com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da região e do país”.
Parceria ampla – Apesar de recente, a colaboração entre Cembra e UFPA já vinha se delineando de forma concreta. A universidade participou de diversas iniciativas promovidas pelo Centro, como os workshops regionais realizados em instituições parceiras e os webinários preparatórios para a terceira edição da obra “O Brasil e o Mar no Século XXI – Subsídios para o aproveitamento sustentável do Mar Brasileiro”.
Além de ampliar a base acadêmico-científica do Cembra, a parceria reforça a missão do Centro de promover ações estruturantes para o estudo e o aproveitamento sustentável do Mar Brasileiro, também conhecido como “Amazônia Azul”, por meio da integração entre governo, academia e setor produtivo.
“A cooperação que ora firmamos com a UFPA representa mais do que a assinatura de um documento, é o início de uma jornada conjunta em prol da ciência, da educação e da gestão sustentável do Mar Brasileiro — especialmente nas regiões amazônicas e costeiras do Norte, cuja relevância ambiental, social e eopolítica é inegável”, reforçou o Almirante Moura Neto.
A expectativa é que a aliança impulsione iniciativas com novos Projetos Estruturantes, voltados principalmente a agenda da Década do Oceano, promovida pelas Nações Unidas.
