A Universidade Federal do Pará inaugurou, nesta quarta-feira, 5 de fevereiro, o Centro de Internacionalização, instalado nos Blocos G e E do Setor Básico da UFPA (Campus Belém). A cerimônia contou com a participação de autoridades internacionais, nacionais e locais. Houve, ainda, a presença de docentes, discentes e servidores da Instituição.

O centro possui dois auditórios de 70 lugares, quatro salas de aulas para até 30 pessoas, 1 escritório para recepção de pesquisadores e estudantes estrangeiros; 1 secretaria; a Casa de Estudos Germânicos e sua sala de leitura, com gabinete para a leitora do DAAD; a Casa Brasil-África; a Casa de Estudos Francófonos (Maison de la Francophonie), o Instituto Confúcio; a Cátedra João Lúcio de Azevedo, do Instituto Camões; a coordenação do Programa Idiomas sem Fronteiras e o Centro de Recursos Didáticos de Espanhol.

A criação do Centro de Internacionalização na UFPA integra a política institucional de fomento e desenvolvimento da projeção internacional da Universidade. A mesa de trabalhos da cerimônia de inauguração foi composta pelo reitor da UFPA, Emanuel Tourinho; pelo presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Luiz Roberto Liza Curi; e pela pró-reitora de Relações Internacionais da UFPA, Marília Ferreira.

A pró-reitora Marília Ferreira apresentou toda a trajetória da UFPA no que se refere às relações internacionais. Ela falou da caminhada que levou a Universidade a chegar à inauguração do centro. Tudo começou em 1986, com a criação da então Assessoria de Relações Nacionais e Internacionais (ARNI). Em 1987, foi criada a rede Unamaz, associação de universidades localizadas na Amazônia Legal, com representações de países que fazem fronteira com essa região, como Brasil, Bolívia, Equador, Colômbia, Peru, Venezuela, Guaianas e Suriname. Em 2009, surgiu a Prointer, em substituição à ARNI, e, agora, em 2020, inaugurou-se o Centro de Internacionalização da UFPA.

“Portanto essa Prointer foi construída a muitas mãos. Cada gestão deu sua importante contribuição, pavimentando o caminho para as gerações vindouras, o que nos permitiu chegar aonde estamos. Em 2019, a Prointer alcançou um crescimento exponencial, com números notáveis, aos quais se somou a qualidade das ações desenvolvidas. Em conformidade com o Plano de Desenvolvimento Institucional, a Prointer deveria estabelecer 26 novos acordos internacionais, foram estabelecidos 35, ou seja, a meta foi superada em 13,15%. A previsão para mobilidade era de 135, porém a UFPA teve 418 pessoas envolvidas em mobilidade em 2019, o que perfaz um total de 309,62% além do esperado”, disse Marília Ferreira.

Assim, o Centro de Internacionalização da UFPA nasce com a missão de ampliar ainda mais as oportunidades de internacionalização aos alunos da casa, com objetivos como prestar auxílio também a estudantes internacionais, estreitar contatos com embaixadas e consulados, ofertar cursos livres, como o de Português para estrangeiros, realizar eventos culturais e informativos, além de divulgar e facilitar a chamada para a participação de alunos em bolsas, projetos e prêmios internacionais, entre outros.

Desafio – Em seguida, falou o presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Luiz Roberto Liza Curi, que, na ocasião, apresentou dados da educação superior no país e relacionou-os com as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) e os desafios contidos no documento. Luiz Roberto Curi destacou a importância do desenvolvimento do Centro de Internacionalização como um projeto organizado, integrado e articulado, em que a internacionalização aparece “não de modo formal e burocrático, mas ativa, quando se prioriza a cultura como formadora de cidadania, em que relações interinstitucionais estão presentes”, afirmou.  

Multiculturalismo – O reitor Emmanuel Tourinho também destacou a importante conquista que é a inauguração do Centro de Internacionalização da UFPA. “Hoje é um dia especial, em que entregamos uma estrutura que contribui para o fortalecimento da Universidade como ambiente multicultural, de diálogo, de conhecimento de diferentes visões de mundo e de diferentes experiências das  sociedades.  O centro também expande as nossas possibilidades de intercâmbio acadêmico e de cooperação científica. Podemos não só preparar nossos alunos para estudar fora, como também receber pessoas para o diálogo e a interlocução mais ampla, garantindo aos nossos discentes um ambiente ainda mais rico de formação, promovendo novas ferramentas intelectuais e linguísticas para o seu desenvolvimento”, afirmou o reitor.

A cerimônia teve, na plateia, a participação de autoridades, como a vice-cônsul de Portugal, Maria Fernanda Gonçalves Vieira, representando Jorge Cabral, embaixador de Portugal; o cônsul principal do Japão em Belém, Keiji Hamada; a cônsul da Venezuela Glenes Hernandez; o vice-cônsul da Venezuela Vilfredo Madeira; o conselheiro do Consulado da Venezuela Severiano Rodrigues; a reitora da Universidade da Amazônia (Unama), Maria Betânia de Carvalho Fidalgo Arroyo, o reitor do Centro Universitário do Pará (Cesupa), Sérgio Mendes, além de representantes de outras instituições locais, como da Universidade do Estado do Pará (Uepa); da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA);  da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); e do Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá, dentre muitas outras.

A inauguração foi concluída com o descerramento da placa de instalação do Centro de Internacionalização da UFPA, no espaço do Bloco E. Na oportunidade, os presentes puderam ainda realizar a visitação de todos os espaços, enquanto desfrutaram de um coquetel.

Texto: Jéssica Souza – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Lucas Brito e Nayana Batista