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TAMANHO DA FONTE

Conferência discute desastres hidroclimáticos nas cidades amazônicas

Apesar dos alertas emitidos por cientistas de todo o mundo, com destaque para os relatórios especiais do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da Organização das Nações Unidas, é insuficiente o que o poder público tem feito para lidar com os fenômenos naturais – que tendem a ser mais extremos e frequentes, em decorrência do aquecimento global. As chuvas intensas que provocaram deslizamento de terra, destruição de casas e pelo menos 65 mortos (segundo a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros) em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, em 2023, e as enchentes que atingiram praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul, em 2024, são exemplos recentes de desastres ambientais no Brasil.

A Região Norte e a Amazônia não estão imunes às alterações climáticas. Pelo contrário: secas, inundações, ventanias, alagamentos, erosão, entre outras, são muitas as vulnerabilidades nessa parte do país. A fim de desmistificar a ideia de que o norte brasileiro e a Amazônia não sofrem desastres ambientais, o professor Claudio Fabian Szlafsztein, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (NAEA/UFPA), apresentou a Conferência “Desastres hidroclimáticos nas cidades amazônicas”, na manhã desta segunda-feira, 8 de julho de 2024, durante a 76ª Reunião Anual (RA) da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre de 7 a 13 de julho, no Campus Guamá da UFPA, em Belém.

“Infelizmente, a percepção nacional é que, na Amazônia, não existem esses problemas, por isso a intenção é mostrar os desastres que podem ocorrer na Amazônia em virtude de processos naturais e não naturais. Além disso, a sociedade precisa compreender as particularidades da Amazônia, pois o que ocorre na região não tem paralelo com outros desastres naturais”, comenta Szlafsztein. 

Segundo o professor, é igualmente importante identificar novas linhas de pesquisa. “Do ponto de vista da Universidade, é preciso estabelecer o que se deveria pesquisar em decorrência do que aconteceu e do que está acontecendo”.A conferência de Szlafsztein foi mediada por Sheila Gatinho Teixeira, da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) – Serviço Geológico do Brasil (SGB). Esta e todas as demais atividades da SBPC, que é o maior evento científico da América Latina, são gratuitas e abertas ao público. Mais informações pelo site do evento: https://sbpc.ufpa.br/.

TEXTO: Thays Braga - Comissão Local de Comunicação da 76ª da Reunião Anual da SBPC

FOTOS: Mauricio Tonetto

Relação com os ODS da ONU:

ODS 13 - Ação Contra a Mudança Global do Clima

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