A importância do controle de qualidade de polpas e sucos de frutas, especialmente do açaí, será abordada pelo pesquisador e coordenador do Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia (CVACBA), Hervé Rogez, durante evento on-line promovido nesta quinta-feira (1º de outubro), às 16h, na sala virtual do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá.
A conversa terá como guia a Instrução Normativa N°37/2018 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que, entre outras coisas, trata sobre os parâmetros de identidade e qualidade do açaí e açaí-açu (Euterpe oleracea e Euterpe precatória, respectivamente).
A Instrução Normativa confere mais segurança a produtores, porque responde a uma demanda de inovação, estabelecendo padrões de novos produtos do açaí, a exemplo do açaí clarificado e açaí desidratado, destinados ao consumo pronto ou após reconstituição.
“Com o controle de qualidade, é possível apontar claramente quem está batizando um açaí clarificado com suco de uva, de mirtilo ou corante artificial. Isso protege o consumidor porque amarra os parâmetros de qualidade condizentes com o preço do açaí, produto caro, se comparado a outros sucos antioxidantes vendidos em São Paulo ou no Rio de Janeiro, por exemplo”, assegura Hervé Rogez.
“Algumas amostras do açaí comercializado nesse eixo, quando analisadas, não tinham quase nenhum antioxidante. Isso não pode acontecer, porque o consumidor paga caro por um produto que acha saudável e acaba não encontrando os benefícios que está no direito de encontrar”, complementa o pesquisador.
Além dos sólidos totais, dos compostos fenólicos e antocianinas – antioxidantes do açaí -, a instrução abre precedentes para a obrigatoriedade da detecção de Salmonela, bolores, leveduras, coliformes e Trypanosoma cruzi, agente causador da Doença de Chagas, cujo número de notificações tem crescido nos últimos anos. “Se, de um lado, zelamos pela qualidade dos benefícios que o fruto tem para a saúde, não podemos nos omitir em relação à doença. Aqui, no laboratório, desenvolvemos um método rápido e confiável para detectar pequenas quantidades vivas de Trypanosoma cruzi no açaí”, informa o pesquisador.
Controle de produtos – Instalado no PCT Guamá e ligado à Universidade Federal do Pará (UFPA), o CVACBA é formado por um grupo de pesquisadores com mais de 20 anos de experiência em compostos bioativos da Amazônia. A equipe pluridisciplinar do centro de pesquisa oferece diversos serviços qualificados que atendem à demanda de diferentes setores produtivos.
Serviço:
Webinário "Controle de qualidade em polpas e sucos de frutas"
Data: 1/10/2020, às 16h
Sala virtual aqui
Evento gratuito
Texto e foto: Assessoria PCT Guamá