A coordenadora-adjunta do Parfor UFPA, professora Josenilda Maués, presidente do Fórum Nacional dos Coordenadores Institucionais do Parfor (ForParfor) representou o programa durante audiência pública na última terça-feira, 10, no Senado Federal, em Brasília. A docente falou em defesa da continuidade do Parfor (Plano Nacional de Formação de Professores) e do direito à formação presencial dos professores em exercício na Educação Básica.
Desde o recente anúncio do Ministério da Educação (MEC), que excluiu o Parfor presencial da Política Nacional de Formação de Professores, uma mobilização em defesa da continuidade do programa vem sendo realizada em todo país.
As atividades em Brasília iniciaram-se com a participação do ForParfor na reunião do Colégio de Pró-reitores de Graduação das Universidades Federais (Cograd) na Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes). "Lá nós apresentamos o Parfor, alguns dados em nível nacional e apresentamos as razões que mobilizam hoje a se manter na luta em defesa desse programa. Esse momento foi importante porque constituiu uma previa da discussão que se daria depois no Senado", disse a professora.
No final da manhã, a professora participou da audiência pública no Senado, acompanhada do pró-reitor de graduação da UFPA, professor Edmar Tavares, de outros três pró-reitores, além de dirigentes do Parfor de todo Brasil.
'Encerramos a audiência no Senado Federal com a participação de diferentes setores educacionais, com a presença dos pró-reitores e de coordenadores institucionais do Parfor de várias regiões do país. E nessa audiência pública foi demonstrado tanto a efetividade do Parfor no atendimento à formação inicial dos professores em exercício da Educação Básica quanto foi reivindicada a manutenção de uma política orgânica que considere o fato de que a oferta de cursos à distância não vai atender ao contingente de professores que se encontram nas áreas mais remotas deste país e que precisam fazer essa formação com calendário especial, com um novo projeto de formação e de forma presencial', ressaltou a professora Josenilda Maués.
Parfor – O Parfor foi criado em 2009 para formar professores da educação básica que atuam sem formação adequada nas escolas de todo Brasil. O programa funciona em parceria com as universidades públicas, que enviam seus docentes até os municípios mais longínquos para ministrar as aulas, que ocorrem no período de recesso escolar.
Para a coordenação do Parfor UFPA, o não lançamento de edital para o Parfor presencial decreta o fim do programa com a não abertura de novas turmas. Apenas as turmas em andamento têm recursos garantidos pelo MEC.
"Durante 8 anos, o Parfor UFPA garantiu o direito à formação dos docentes em exercício nas escolas de educação básica de todo país. O MEC anunciou no último dia 28 de fevereiro que vai investir R$ 1 bilhão com a criação de 190 mil vagas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), no Programa de Residência Pedagógica e na Universidade Aberta do Brasil (UAB). É importante destacar que o Pibid e a Residência não se voltam para a formação em nível superior dos docentes que atuam sem a formação exigida. Somente na modalidade presencial é possível alcançar aqueles que moram na zona rural, comunidades ribeirinhas, aldeias indígenas, etc", afirma a coordenadora.
De acordo com o ForParfor, mais de 50 mil professores em todo Brasil se cadastraram para fazer os cursos de licenciatura e especialização pela Plataforma Freire 2. A Região Norte concentra o maior número dce docentes que precisam de capacitação, e no Pará a demanda é de mais de 12 mil docentes.
Texto e fotos: Divulgação Parfor