O Curso de Tecnologia em Agroecologia da Faculdade de Formação e Desenvolvimento do Campo (Fadecam), do Campus Abaetetuba da UFPA, recebeu a nota máxima em avaliação recente do Ministério da Educação (MEC). Para definir a nota, a Comissão de Avaliação designada pelo MEC avaliou, no período de 25 a 27 de maio, o curso em três dimensões principais: Projeto Pedagógico do Curso (PPC), Corpo Docente e Infraestrutura.
A preparação para o processo de avaliação contou com o apoio da Comissão Própria de Avaliação (CPA), vinculada à Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan), da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg) e de vários setores acadêmicos e técnicos do Campus Universitário de Abaetetuba. "A nota reflete o desempenho coletivo em prol do reconhecimento de um curso extremamente importante para o Brasil e para o Baixo Tocantins, o qual visa à formação de profissionais diferenciados para a atuação técnica e tecnológica contextualizada às especificidades regionais", aponta a diretora da Fadecam, professora Roberta Castro.
O curso de Tecnologia em Agroecologia nasceu de uma demanda dos movimentos sociais da região do Baixo Tocantins que teve o seu debate iniciado em 2016. Autorizado pela Portaria do Ministério da Educação (MEC) nº 63, de março de 2020, o curso ainda está em processo de formação de suas primeiras turmas, buscando cooperações e parcerias com organizações do poder público e da sociedade civil, para se tornar referência na região ampliando também as possibilidades de acesso ao mercado de trabalho por jovens tecnólogos em Agroecologia. Atualmente, o curso possui quatro turmas e um quadro docente de 14 professores efetivos, além de três substitutos e de docentes parceiros de outras instituições.
"A nota máxima alcançada é uma vitória e reconhecimento do curso como referência no Brasil, principalmente na região do Baixo Tocantins e Vale do Acará, para o desenvolvimento rural sustentável fundamentado nos princípios, conhecimentos e práticas da Agroecologia, da produção orgânica e da base agroecológica”, ressalta o coordenador do curso, professor Yvens Cordeiro.
Diferencial – Um diferencial do curso, que foi muito bem avaliado pelo MEC, foram os Estágios de Vivência em propriedades de famílias agricultoras, ribeirinhas e/ou quilombolas, que proporcionam aos discentes o contato direto com o campo e com o seu futuro ambiente de trabalho. Como uma parte do quadro de discentes do curso tem origem de comunidades rurais de áreas de várzea e/ou terra firme, há a possibilidade destes futuros formandos compartilharem os conhecimentos técnicos, científicos e acadêmicos adquiridos com as suas próprias comunidades, além de poderem atuar em diversas linhas, promovendo o desenvolvimento regional a partir do equilíbrio entre produção agrícola/agroextrativista e sustentabilidade.
“Nossas conquistas são resultados dos nossos esforços coletivos, e isso nos faz feliz e nos leva a uma excelência. Festejamos nossa nota máxima no MEC, que, certamente, é a comprovação que somos capazes, que fazemos a diferença, que não devemos deixar de lutar. Certamente, o esperançar de cada dia sempre nos fará capazes de sermos excelente”, orgulhoso, comenta o estudante Breno Coelho de Souza.
Sobre o curso – A Agroecologia é uma ciência emergente, mas também uma prática e um movimento contra-hegemônico, cujo foco está especialmente na produção de alimentos saudáveis, sem o uso de agrotóxicos, com o menor dano e impacto socioambiental, valorizando, nesse processo, os diversos saberes das populações do campo, a segurança alimentar e a equidade social. Os(As) tecnólogos(as) em Agroecologia podem atuar em atividades de assistência técnica e extensão rural, elaborando projetos e atuando na prática com a aplicação dos seus conhecimentos em favor de uma efetiva sustentabilidade socioecológica.
Texto e fotos: Divulgação Campus Abaetetuba