Até dia 21 de novembro, o auditório do Fórum Landi, espaço de extensão, ensino e pesquisa da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPA, recebe uma mostra especial de curtas-metragens que unem cinema, arte e educação ambiental. As exibições ocorrem sempre às 15h, com entrada gratuita, mas sujeitas à lotação do auditório, que comporta até 80 pessoas. A programação integra as atividades paralelas à 30ª Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém.

Voltados para diferentes públicos, os curtas abordam desde temas como o desmatamento, a falta de água e o papel das crianças na preservação do meio ambiente até produções de caráter mais artístico, sem diálogos, que estimulam a imaginação e a sensibilidade do público infantil. Também há filmes voltados a jovens e adultos, com legendas em Inglês e tradução em Libras, reforçando o compromisso com a acessibilidade e a formação de novos olhares sobre o clima e o território amazônico.

Para a arquiteta e urbanista Roberta Menezes Rodrigues, professora da UFPA e coordenadora do Fórum Landi, a iniciativa reforça a potência do espaço como lugar de encontro entre arte, conhecimento e sustentabilidade. “Neste momento da COP, reabrir o fórum é muito importante, pois é um espaço de diálogo e contato da Universidade com a sociedade”, destacou, durante a cerimônia de reabertura do espaço.

Quem acompanhou as sessões também aprovou a experiência. Edna Souza, que visitou o local com a filha e o neto, Miguel Lobato, de seis anos, destacou o aprendizado proporcionado pela programação. “É uma oportunidade de conhecer coisas que a gente não sabia. Gostei muito das obras e de como elas ensinam sobre o meio ambiente de um jeito diferente, pela arte”, contou.

Já Miguel, atento a cada curta, resumiu a experiência com entusiasmo: “Eu gostei muito, vi que não pode desmatar as árvores e tem que colocar as sementes pro mundo não ficar mais esquentado”.

O Fórum Landi passou recentemente por um processo de requalificação arquitetônica, coordenado pelo Instituto Pedra e viabilizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), com patrocínio da Vale e da Transpetro. Mais do que um espaço físico, o local se consolida como um polo de criação e reflexão sobre a cidade, a cultura e o meio ambiente. “Este lugar não é só pra COP, é um espaço para acolher, produzir conhecimento e dialogar”, pontuou Roberta Menezes.