O Distrito de Inovação e Bioeconomia de Belém (DIBB), iniciativa da Universidade Federal do Pará (UFPA) em cooperação com a Itaipu Binacional, Fadesp e apoio da Prefeitura de Belém, está presente na COP 30 reforçando seu papel como articulador de ciência, políticas públicas e inovação sustentável na Amazônia.
Criado para impulsionar a economia da biodiversidade, promover soluções urbanas inovadoras e posicionar Belém como referência internacional em desenvolvimento sustentável, o DIBB tem atuado na conferência participando de painéis na Blue Zone, na Green Zone e no circuito de debates de organizações internacionais, conectando pesquisa amazônica, tecnologias emergentes e estratégias de transformação territorial.
Na primeira semana da COP 30, o professor doutor Cláudio Puty, coordenador do DIBB, representou o projeto no Painel “Potencial dos Produtos e Serviços dos Estados da Amazônia Brasileira nos países africanos”, realizado no Pavilhão do Banco da Amazônia, na Green Zone. Durante o evento, apresentou os resultados da pesquisa que deu origem ao livro Oportunidades de Exportação de Produtos e Serviços da Amazônia Brasileira para Países Africanos, desenvolvido em parceria entre o Banco da Amazônia e o Instituto Brasil-África.
O estudo aprofunda as possibilidades de cooperação Sul-Sul e mapeia o potencial de exportação de produtos amazônicos, especialmente nos segmentos de alimentos, cosméticos naturais, fitoterápicos, biofármacos e tecnologias ambientais. A pesquisa evidencia oportunidades para fortalecer cadeias produtivas da biodiversidade, promover inclusão social e impulsionar estratégias sustentáveis de desenvolvimento compartilhado entre Brasil e África.
Cidades integradas e resilientes – Na última quarta-feira, 13, o professor participou também do evento “Cidades Integradas e Resilientes – Conexões do Sul Global”, realizado na Casa Balaio, em painel organizado pela ONU Meio Ambiente, Iclei e Ipam.
Puty contribuiu com reflexões sobre os desafios do financiamento climático para municípios brasileiros, destacando que os instrumentos nacionais de crédito com aval da União estão entre os mais conservadores e centralizados do mundo, o que limita a capacidade de estados e cidades acessarem recursos destinados à adaptação climática e a projetos de resiliência urbana. Ao abordar experiências internacionais, ressaltou a urgência de modernizar mecanismos financeiros para permitir que territórios amazônicos inovem e implementem soluções sustentáveis com maior agilidade.
A participação do DIBB na COP 30 reforça o papel da instituição como ponte entre ciência, inovação e desenvolvimento sustentável no território amazônico. Além de valorizar pesquisas produzidas no Pará, a presença do DIBB nos debates internacionais contribui para projetar Belém como referência em soluções baseadas na sociobiodiversidade, bioeconomia avançada e cidades resilientes.
Com essa atuação, o DIBB amplia o diálogo com governos, universidades, organismos multilaterais e instituições financeiras, preparando o terreno para novas parcerias, cooperações técnicas e oportunidades de desenvolvimento econômico sustentável para a Amazônia.


