Cada um dos mais de 100 mil candidatos que devem participar do Processo Seletivo 2019 (PS 2019) da Universidade Federal do Pará (UFPA) sonha em conseguir uma das 7.347 vagas disponíveis para o ano que vem. Mas será que todos entendem como a Universidade organiza essas vagas e as disponibiliza aos estudantes? Quem explica como é feita a organização das vagas para ofertá-las no concurso é Edmar Costa, presidente da Comissão Permanente de Processos Seletivos da UFPA (Coperps).
Quadros de oferta de vagas – As 7.347 vagas que a UFPA disponibiliza no PS 2019 estão detalhadas nos quadros de oferta de vagas, ou seja, em três tabelas que ficam no final do edital do concurso. Essa é uma das novidades do PS 2019, ligadas à gestão do concurso: a explicitação das vagas por tipo, origem, modalidade, turno e período de ingresso. A mudança também ajuda os candidatos a saberem, desde o edital, informações sobre o funcionamento do curso que estão escolhendo.
O primeiro quadro contém as chamadas vagas regulares. Aquelas que fazem parte dos cursos que são permanentes da Universidade e, portanto, estarão disponíveis em todos os editais do PS anualmente. Para 2019, elas correspondem a 6.592 oportunidades de ingresso no Ensino Superior público.
Cursos flexibilizados contêm turmas únicas – Em seguida, no segundo quadro de oferta de vagas, estão detalhadas as vagas dos chamados cursos flexibilizados, ou seja, turmas únicas ofertadas pela UFPA devido a um pedido, convênio ou contrato específico com outros entes públicos, geralmente prefeituras ou ministérios do governo federal. Para 2019, são 610 vagas em 15 turmas, distribuídas em 12 municípios paraenses.
As vagas dos cursos flexibilizados não são disponibilizadas anualmente, ao contrário, tendem a ser ofertadas uma única vez e não mais aparecerem no edital do próximo PS. Mas sua existência possibilita diversificar a oferta de vagas e cursos nos campi e nos polos da UFPA. Por isso são muito importantes tanto para a Universidade quanto para os candidatos.
Nenhum curso “some” do PS 2019 – “Muitos candidatos que desejam se candidatar às vagas nos campi e nos polos da UFPA, sediados fora de Belém, olham o edital do último concurso e usam-no para definir para qual curso se candidatará no próximo processo seletivo. Mas, quando o novo edital é lançado, esse curso (e suas vagas) não está lá”, aponta Edmar Costa, que, além de presidente da Coperps, é pró-reitor de Ensino de Graduação da UFPA (Proeg).
O pró-reitor explica que daí vem a dúvida de muitos candidatos sobre “O que aconteceu com o meu curso?” ou “Porque meu curso sumiu do edital do PS 2019?”.
“Muitos não atentam que, por ser uma turma flexibilizada, ela é única e não estará disponível nos próximos editais, e isso é natural da organização do PS. Foi isso que ocorreu com algumas opções do PS 2018 que não estão no edital do PS 2019 e vai ocorrer com essas turmas do segundo quadro de oferta do PS2019 que não estarão no edital do PS 2020”, responde Edmar Costa.
Vagas extras no sistema de cotas – Também há vagas extras que a UFPA cria a cada ano por meio de seu Sistema de Cotas. O edital do PS 2019 contém o quadro de ofertas de vagas nº 3, que explicita as vagas extras que a Universidade criou para Pessoas com Deficiência (PcDs), por meio de uma cota específica da Instituição. Apenas por essa política de ação afirmativa, foram criadas 132 vagas em 132 turmas, destinadas apenas aos PcDs.
Além delas, há, pelo Sistema de Cotas da UFPA, a criação de outras quatro vagas extras, duas para estudantes indígenas e duas para estudantes quilombolas. Mas essas vagas não são ofertadas via PS, e sim por meio do Processo Seletivo Especial 2019-1 (PSE 2019-1), concurso que possui outro edital, regras, prazos e público.
Detalhes sobre vagas também estão disponíveis – Os quadros de ofertas de vagas contêm, além do número de vagas em si, outros dados, como modalidade, regime de oferta, turno e período de ingresso ligados a elas. Na UFPA, há três modalidades de oferta de vagas: os bacharelados, as licenciaturas e os cursos tecnológicos.
A principal diferença entre eles é que os bacharelados formam “profissionais especializados”. As licenciaturas, além disso, também formam profissionais que podem atuar como professores na Educação Básica. Os cursos tecnológicos tendem a ser ainda mais pontuais e, por isso, a ter uma duração menor que os demais.
A modalidade dos cursos estará expressa no futuro diploma que indicará se o profissional será um bacharel, licenciado ou tecnólogo em determinada área e, por sua vez, está ligada às possibilidades de emprego dos formados.
Aulas, turno e início – O turno indica quando as aulas são realizadas, ou seja, se pela manhã (matutino), tarde (vespertino), noite (noturno) ou, ainda, se o curso funciona ao longo de todo o dia (integral).
Já o regime de oferta tem relação direta com o “início” do curso. Na UFPA, há cursos que são extensivos e cursos que são intensivos. A principal diferença entre eles é que os cursos extensivos têm aulas no segundo e quarto períodos letivos do calendário acadêmico da UFPA e os intensivos têm aulas no primeiro e terceiro períodos letivos da Universidade. Os cursos intensivos também tendem a ser integrais, ou seja, com aulas durante todo o dia.
Isso significa que os candidatos podem, ao olhar o quadro de oferta de vagas no PS 2019, já saber de antemão quando iniciaram suas aulas, já que o Calendário Acadêmico da UFPA também já foi divulgado previamente.
De acordo com esse documento, as aulas na UFPA ficam assim no ano que vem: o primeiro período letivo vai de 3 de janeiro a 1º de março. O segundo, de 11 de março a 11 de julho. No terceiro período, as aulas vão de 1º de julho a 27 de agosto. Por fim, o quarto período de aulas ocorre de 21 de agosto a 18 de dezembro.
Sistema garante regularidade de oferta de vagas – Para entender o porquê de algumas variações no quadro de oferta de vagas é preciso saber que as vagas disponíveis no PS 2019 vêm de um sistema interno criado na UFPA. O Sistema de Oferta de Vagas (SOV), aponta os dados dos cursos, conforme seu cadastro no Ministério da Educação e segundo o sistema de reconhecimento dos cursos. Cada diretor de faculdade, então, confirma essa oferta de vagas ou solicita alterações justificando o pedido.
O novo sistema que começou a ser usado em 2017 garante que a Universidade oferte o número de vagas cadastrados no e-MEC, evitando flutuações desta oferta e garantindo que os dados sobre o cadastro estudantil na Universidade sejam consistentes com os do Ministério da Educação.
Isso significa que se há alterações quanto ao turno, período de ingresso ou número de vagas de cursos regulares da UFPA nos editais do PS, estas foram feitas pela Faculdade responsável por cada curso, com justificativa sobre a alteração aceita tanto pela UFPA quanto pelo e-MEC.
Vagas são ofertadas por turmas – Outra novidade da gestão do PS, expressa no edital do PS2019, é a padronização da forma de oferta de vagas, que está detalhada e explicitada nos quadros de oferta de vagas, ou seja, apesar de a UFPA ofertar 132 cursos no PS 2019, o quadro de ofertas mostra 179 turmas aos candidatos. Isso porque alguns cursos “aparecem mais de uma vez” na tabela, pois possuem turmas em vários turnos ou possuem a chamada “dupla entrada”, quando parte dos candidatos começa a estudar no primeiro semestre; e a outra parte, no segundo semestre.
Não é novidade! – Tradicionalmente, a grande maioria dos cursos (de “entrada única”) já fazia uma divisão das vagas por turno. Entre os 13 cursos que possuem a dupla entrada, alguns mostravam, já no Edital anterior (PS2018), a definição de ocupação dessas vagas, porque os alunos tinham que optar pela entrada no primeiro semestre ou no segundo.
Outros cursos, apenas sete deles, ao contrário, não mostravam essa divisão no edital. As vagas eram agrupadas, e a divisão delas em turmas de primeiro ou de segundo semestre era realizada depois do resultado do processo seletivo.
Indefinição no período de ingresso tendia a afetar calouros – Entre os problemas comuns nesses cursos de dupla entrada que não mostravam a divisão por turma/período de ingresso, estava “o elevado índice de pedidos de troca de período de ingresso, por parte dos calouros, que não podiam ser atendidos em razão dos prazos e/ou das regras para a composição das turmas. Também, em função dos prazos para o início das aulas, tínhamos dificuldades em matricular os calouros classificados nas repescagens nas turmas que iniciavam no primeiro semestre, entre outras situações relatadas pelas faculdades e pelos estudantes”, detalha Edmar Costa.
“Dividindo as vagas por entrada, o candidato concorre apenas com os optantes daquela entrada. Assim, apesar da impressão de que reduz as vagas, há de se observar que reduz também a concorrência. A divisão por período letivo também dá maior previsibilidade e organização ao candidato, que já opta pelo curso, pelo turno e pelo período letivo de ingresso no momento da inscrição, e a medida também beneficia a rotina administrativa de organização do ingresso dos alunos. Da forma como era praticada em editais anteriores, percebíamos inúmeros problemas”, reforça Edmar Costa.
A UFPA reforça que está sempre aberta ao diálogo e presta todos os esclarecimentos e informações sobre seus diversos concursos para ingresso anual nos cursos de graduação.
Serviço:
- Inscrições para o PS2019 da UFPA
Até às 17h do dia 20 de novembro, no site do Ceps.
Informações: (91) 3201-7266, 3201-8381, e 3201-8383.
- Tire suas dúvidas no “Perguntas Frequentes do PS2019”, disponível aqui.
- Saiba mais sobre os cursos disponíveis na UFPA no nosso Catálogo de Cursos
- Assista também os vídeos sobre os cursos mais demandados no PS2018 UFPA na TVUFPA
- Leia todas as notícias da UFPA publicadas sobre os processos seletivos de ingresso aqui
Texto: Glauce Monteiro – Assessoria de Comunicação da UFPA
Arte: Coordenadoria de Marketing e Propaganda da Ascom/UFPA