Participando pela primeira vez das Paralimpíadas Universitárias, a equipe de Atletismo da Universidade Federal do Pará teve um ótimo desempenho e, com 56 pontos, conquistou o 4º lugar geral na modalidade e o 18º geral da competição. O evento é realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Voltadas a atletas com deficiência física, visual e intelectual de graduação e pós-graduação de todas as Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil, as Paralimpíadas Universitárias têm o objetivo de estimular a participação dos estudantes em atividades esportivas e promover uma ampla mobilização em torno do esporte paralímpico nacional.
As Paralimpíadas Universitárias fazem parte do Conexão Paralímpica, uma iniciativa da CPB que engloba a realização simultânea de outros eventos esportivos. A edição deste ano contou com três etapas regionais e uma nacional. A última etapa, realizada de 3 a 7 de outubro, ocorreu no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, e contou com disputas em três modalidades: Atletismo, Bocha e Natação.
Composta pelos alunos Fernanda Jucá, Jobson Melo, Karlos Smith, Lucas Brito e Luiz Felipe, a equipe de Atletismo da UFPA conquistou 14 medalhas, sendo 4 de ouro, 7 de prata e 3 de bronze e finalizou a etapa nacional em 4º lugar geral na modalidade, com medalha para todos os seus atletas. Para a professora Kátia Tadaiesky, treinadora da equipe, esta experiência foi muito significativa e gratificante, especialmente para os alunos que voltaram motivados e com o sentimento de orgulho por terem representado a UFPA.
Para a professora Marília Magno, coordenadora do Projeto de Extensão UFPA Paralímpica, a participação desses atletas em competições nacionais e, especificamente, nas Paralimpíadas Universitárias de 2023 é o resultado de um trabalho coletivo dos alunos, da equipe profissional que os acompanha e do projeto.
“O resultado não é apenas da UFPA Paralímpica. Os atletas que hoje são alunos da UFPA já treinavam com a professora Kátia Tadaiesky, da Escola Álvares de Azevedo, e esses atletas já competiam nas Paralimpíadas Escolares. Então podemos dizer que as medalhas são resultados de anos de trabalho da professora Kátia e dos nossos paratletas, que agora competem como universitários e em conjunto com a UFPA Paralímpica. A sensação é de dever cumprido e de aprimoramento do trabalho desenvolvido, pois queremos aumentar o número de participantes da UFPA para a próxima edição dos jogos”, detalha.
UFPA Paralímpica – O Projeto de Extensão UFPA Paralímpica auxilia o desenvolvimento do esporte para pessoas com deficiência na Universidade e no estado como um todo, por meio da realização de ações integradas nas áreas de educação física, fisioterapia, terapia ocupacional e comunicação, além de arquitetura e algumas engenharias. Em conjunto, os profissionais dessas áreas exercem serviços voltados para o desenvolvimento do esporte e do atleta paralímpico na região, além de oferecerem cursos de curta duração de formação e serviços profissionalizantes na área.
As atividades do Programa UFPA Paralímpica são ofertadas para pessoas da comunidade interna e externa à UFPA, com a participação de alunos bolsistas e voluntários da universidade e de outras Instituições de Ensino Superior, e de profissionais já formados.
“Eu já competia pelos jogos escolares paralímpicos, só que depois que eu entrei na universidade, em 2020, eu não pude mais competir, devido à falta de tempo da nova rotina. Mas surgiu esta oportunidade (de participar do projeto) e foi o principal incentivo para eu voltar para o esporte, que é justamente o objetivo do projeto: trazer novos alunos para participar da delegação paralímpica e proporcionar uma melhoria na sua qualidade de vida, através do esporte”, comenta o atleta e estudante de Jornalismo da UFPA Karlos Smith, que voltou para Belém com três medalhas.
Texto: Isabelly Risuenho – Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA
Fotos: Divulgação
