Especialistas, lideranças indígenas, pesquisadores e organizações internacionais participaram da programação desta segunda, 17, no estande da UFPA, na Zona Azul (Blue Zone) da COP 30. Em pauta, estiveram os desafios ambientais, climáticos e socioeconômicos que envolvem a Amazônia e o futuro das florestas tropicais.
A programação começou às 9h, com o Painel “Forests, Finance, and Justice: Youth Visions to End Deforestation and Advance Loss and Damage Justice” ou “Florestas, finanças e justiça: visões da juventude para acabar com o desmatamento e promover a justiça por perdas e danos”. A sessão reuniu perspectivas de jovens sobre caminhos para acabar com o desmatamento e avançar na justiça climática.
O painel foi moderado por Sarah Elkhishin, da The British University In Egypt (Universidade Britânica no Egito), e contou com a participação de Alexander Lees (Manchester Metropolitan University), Jasmima Sabatina (YOUNGO) e Heiko Balzter (University of Leicester, UK).
Às 10h, o debate se voltou para a transição energética, com o Painel “A expansão de petróleo offshore na Bacia Amazônica Brasileira”, sob moderação de Flávia Vieira (Laclima/UFPA). Participaram da mesa Marcela Vecchione (NAEA/UFPA), Julian Medina (Red Gran Caribe Libre de Fósiles) e João Pedro Ramalho – Fospa (Fórum Social Pan-Amazônico), discutindo riscos, impactos e alternativas à exploração de combustíveis fósseis na região.
Em seguida, o tema foi “Monitorar para Cuidar: desafios e oportunidades da biodiversidade amazônica”, moderado por Thaísa Michelan (UFPA). Os painelistas Bruno Coutinho (Conservation International), Filipe Machado (UFPA/INCT-SinBiAm), Henrique Pereira (Inpa) e Nadege Mezie (CFBBA) apresentaram análises sobre conservação, pesquisa e monitoramento ambiental.
Já o Painel “Monitorar para Conservar: parcerias entre empresas, governo e universidades” debateu a importância das cooperações institucionais para ações de monitoramento na Amazônia. A sessão foi moderada por Luciano Montag (UFPA) e teve a participação de Leandro Juen (UFPA/PPBIO AmOr/INCT-SinBiAm), Túlio Dias (Conservação Internacional e Agropalma), Ana Cristina Mendes de Oliveira (UFPA/BRC) e Camila Fachin – vice-reitora UFPR.
Depois, das 13h às 14h, foi realizado o Painel “Floresta viva: ciência, política e futuro climático da Amazônia”, sob moderação de Flávio Bezerra Barros (UFPA). O debate reuniu André Andrade (Ipam), Beto Veríssimo (Imazon e Amazônia 2030) e Renzo Romano Taddei (Unifesp), destacando pesquisas recentes e projeções climáticas para o bioma.
Na sequência, teve início o Painel “Redes de Monitoramento da Biodiversidade: diminuindo lacunas de conhecimento na Amazônia”, com moderação de Leandro Juen (UFPA). Participaram Karina Dias Silva (UFPA), Thaísa Michelan (UFPA), Filipe Machado (UFPA) e Domingos Pereira (UFMT), abordando avanços e desafios das redes de monitoramento.
Das 15h às 16h, a discussão se voltou para iniciativas de ciência participativa com o Painel “Olhos da Floresta: ciência cidadã e monitoramento participativo”, mediado por Luciano Montag (UFPA). Participaram André Andrade (Ipam), Bruno Coutinho (Conservation International), Bruno Martinelli (MCTI) e Adalberto Du Val (Inpa), mostrando como as comunidades têm contribuído para a produção de dados sobre a floresta.
O painel seguinte, “Biodiversidade em Rede: Taoca, PPBio, Peld e INCT-SinBiAm”, teve moderação de Leandro Juen (UFPA). Os debatedores Geraldo Wilson (UFMG), Luciano Montag (UFPA), Filipe Machado (UFPA) e Domingos Pereira (UFMT) apresentaram iniciativas integradas de pesquisa e monitoramento.
Enquanto o Painel “Agroecologia: estratégias para a resiliência socioecológica de sistemas agroalimentares amazônicos frente às mudanças climáticas” foi moderado por Flávio Bezerra Barros (UFPA/Centro-Rede IAÇA). Participaram Danielle Wagner Silva (Ufopa/Centro-Rede Iaça), Tatiana Deane de Abreu Sá (Embrapa Amazônia Oriental/Centro-Rede Iaça), Raquel Tupinambá (Citupi) e José Nunes da Silva (UFRPE/ABA – Agroecologia), trazendo perspectivas agroecológicas e tradicionais.
Encerrando a programação, das 18h às 19h, o Painel “Conexões de campo: ciência + comunidades” reuniu lideranças indígenas e instituições de pesquisa para discutir estratégias colaborativas. A sessão foi moderada por Bruno Martinelli (MCTI) e contou com a participação de representantes do Instituto Kabu.




