Na última sexta-feira, 23, os estudantes internacionais do Timor-Leste comemoraram o 23° Aniversário da Restauração da Independência do país localizado no sudeste asiático. O evento, que teve parceria do Centro de Internacionalização da Universidade Federal do Pará, contou com uma roda de conversa para trocas de ideias entre timorenses e pessoas locais, além da apresentação de músicas típicas do Timor-Leste e danças, como o Dahur, que é feita em grupo.
A iniciativa foi organizada pelos estudantes internacionais da Instituição, apoiados pela embaixada do Timor-Leste, representada na Universidade pelo adido da educação Marcelino Magno. O objetivo da programação foi celebrar a restauração da independência do povo timorense, com um público que incluiu estudantes brasileiros e internacionais da UFPA, além de representantes da gestão superior, como o pró-reitor da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Proaes), Ronaldo Araújo, representando o reitor da UFPA, Gilmar Pereira, e o assessor de projetos estratégicos da Pró-Reitoria de Relações Internacionais (Prointer), Saulo Monteiro Martinho de Matos.
“Trata-se da comemoração da independência de um país irmão que continua a lutar para manter a sua soberania, e também é uma digna iniciativa dos estudantes internacionais apoiados pela embaixada que está representada aqui”, lembrou o diretor do Centro de Internacionalização da UFPA, professor Marcelo Galvão, na abertura do evento.
De acordo com o estudante timorense Vitor Boavida, esta celebração da restauração da independência é um costume dos timorenses e, para os estudantes da UFPA naturais do país asiático, é importante ter a liberdade de poder compartilhar um pouco dessa história com a comunidade acadêmica da UFPA. “É como uma festa de alegria, por todos os sofrimentos, desde os colonizadores portugueses, que duraram quatro séculos, e pela invasão do país da Indonésia. Também para lembrar dos sofrimentos que tivemos, durante muitos anos, pela morte, tortura, sacrifício e luta pela liberdade do Timor”, explicou o estudante.
Timor-Leste – Localizado no sudeste asiático, o país conta com uma população de mais de 1 milhão e 300 mil pessoas, possui duas línguas oficiais, o Tétum e o Português, além de ocupar metade do território da Ilha de Timor. A história do país é marcada por suas lutas pela independência de Portugal, em 1975, e da Indonésia, em 2002.
Representando a gestão superior da UFPA, o pró-reitor de Assistência Estudantil (Proaes), Ronaldo Araújo, lembrou a importância do papel da Federal do Pará como uma instituição solidária à luta que o povo do Timor-Leste trava, ainda hoje, em prol da autonomia do país. “Do ponto de vista da sua soberania, consideramos muito importante a formação qualificada de profissionais para aquele país. Um país que ainda tem uma demanda muito grande de formação de profissionais com ensino superior e, mais ainda, em nível de pós-graduação. Neste sentido, a UFPA se coloca como uma possibilidade para cumprir esta tarefa de solidariedade e de apoio à soberania daquele país por meio da qualificação de seus profissionais”, disse o pró-reitor, lembrando o número crescente de estudantes timorenses que a UFPA tem recebido com o passar dos anos.

