Há cinco décadas, os países africanos que têm o português como idioma oficial conquistaram sua soberania por meio de processos de independência complexos. Para celebrar esse marco histórico, a Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio da Cátedra João Lúcio de Azevedo (Camões I.P – UFPA), realizará, de 17 a 19 de dezembro, o Seminário de Celebração da Independência dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. O evento já está com inscrições abertas e recebe a submissão de trabalhos no seu site oficial.

A programação do evento contará com conferências, plenárias e mesas redondas que irão discutir temas como arte, literatura e resistência anticolonialista. Além disso, haverá espaço para apresentação de comunicações orais, nas áreas temáticas Arte, Cultura e Saberes africanos; Circulação das literaturas africanas de língua oficial portuguesa no Brasil; Literatura africana de autoria feminina; Literatura contemporânea dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOPS) em perspectiva comparada; Representação da resistência anticolonialista na literatura e história.

De acordo com Germana Araújo Sales, docente da UFPA e diretora da cátedra, a iniciativa tem como objetivo recuperar a memória dessas populações e fortalecer reflexões sobre os laços históricos e culturais que unem Brasil e África. “É de suma importância celebrar a independência dos países africanos de língua portuguesa que permaneceram tantos séculos no domínio português e só em 1975, após a Revolução dos Cravos, foi possível a emancipação política”, afirma a docente.

Para as(os) interessadas(os) em participar, o evento recebe inscrições tanto para ouvintes, com valores entre R$ 10 e R$ 25 (de estudantes de graduação a professores de ensino superior), quanto para apresentação de trabalhos, com taxas entre R$ 10 e R$ 60. 

Sobre a Cátedra João Lúcio de Azevedo – Criada por meio de uma parceria entre a UFPA e a Camões – Instituto da Cooperação e da Língua (Portugal), a Cátedra João Lúcio de Azevedo tem como objetivo estreitar os laços de cooperação entre instituições de investigação brasileiras e portuguesas. Com ênfase nos estudos em História e Cultura, o programa de cooperação também atua em áreas complementares como patrimônio, literatura e artes, sempre com a perspectiva de ampliar os conhecimentos sobre a história, a língua e a cultura luso-amazônica.

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