A expertise no gerenciamento de serviços médicos garantiu à MedBolso o primeiro lugar no Desafio 1 da área de Saúde do Pitch.Gov ES, concurso nacional de inovação promovido pelo governo do Espírito Santo. A startup vai receber a concessão de até R$ 30 mil para fazer a prototipação e a prova de conceito para testar suas soluções de gestão de escalas e plantões médicos da Secretaria de Saúde do Estado.
No mercado há três anos, a MedBolso já disponibiliza uma solução integrada para que todo o fluxo de pagamentos de serviços médicos (procedimentos médicos, exames, consultas e plantões) fosse facilmente gerenciado por cooperativas e grupos médicos, otimizando a diminuição de glosas, faturamentos não recebidos ou recusados por problemas de comunicação entre clínicas e convênios.
A plataforma criada pela startup já registra mais de 21 milhões de reais em produção médica gerenciados, cerca de 80 mil guias processadas e 62 mil pacientes atendidos. A conquista amplia as oportunidades da startup, antes focada apenas no setor privado.
“O concurso nos abriu portas no mercado como uma solução GovTech (startups que levam inovação à gestão pública). Agora, com a vitória no desafio, estamos iniciando uma nova fase para testar a nossa solução na Secretaria de Saúde do Espírito Santo, para testarmos in loco nossa plataforma e avançar para termos mais um case de sucesso”, informa Adailton Lima, um dos sócios da startup.
Ponto de partida – A startup surgiu da dificuldade de dois médicos anestesistas, Bruno Carmona e Bruno Matos, que conheciam de perto os problemas causados pelo gerenciamento inadequado de guias médicas. Buscaram o apoio do administrador Leonardo Daher, experiente em gestão de cooperativas, e resolveram criar a própria ferramenta.
Fizeram uma aproximação com profissionais de tecnologia com ampla atuação no mercado paraense e também com repertório de pesquisa, como o professor de Engenharia de Software da Faculdade de Computação do Campus Castanhal da Universidade Federal do Pará (UFPA) Adailton Lima e o técnico do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC/UFPA) Ernani Sales, além dos profissionais Anderson Costa e Francisco Damarim, que, juntos, formavam a Execute Soluções em TI.
“Quando percebemos o potencial de mercado do software que iríamos criar, soubemos, desde o início, que a solução poderia se tornar uma startup. “A Executa não teve lucro no desenvolvimento inicial da MedBolso. Fizemos um contrato entre as partes, propondo uma parceria, e já prevendo que estávamos lidando com um possível spin off (produto derivado de uma outra startup)”, relembra Adailton.
Reconhecimento – O Pitch.Gov ES é a quarta conquista da MedBolso em concursos de startups. O negócio já passou pelo programa de pré-aceleração Seleção Natural, da Darwin Startups com o Sebrae Pará, em que foram trabalhados alguns pontos críticos de modelagem de clientes, público-alvo e proposta de valor.
Em 2019, participaram do Inovativa Brasil, programa nacional de aceleração em que puderam estruturar um planejamento de crescimento e a compreensão do mercado de venture capital nacional.
Em 2020, foram selecionados no Startup Pará, programa paraense de aceleração de negócios inovadores ainda em andamento, em que vão focar no desenvolvimento de novos produtos e avançar no marketing para expansão do mercado da MedBolso.
Com clientes do Pará e do Espírito Santo, perspectivas de prospecção nos mercados de Santa Catarina, Ceará, Bahia e Goiás e de desenvolvimento de novas funcionalidades para a plataforma, a startup vai ampliando a sua participação no multibilionário setor das healthtechs, setor que reúne negócios que apresentam inovações tecnológicas para a área da Saúde.
Texto e foto: Assessoria PCT-Guamá