Na noite de ontem, segunda-feira,10, foi oficialmente inaugurada a Exposição “Vozes dos Oceanos”, na Casa das Onze Janelas, em Belém. A mostra conta com dois espaços de visitação, é realizada pelo Instituto Voz dos Oceanos e pela família Schurmann e conta com a parceria da Universidade Federal do Pará (UFPA), que doou acervos do Instituto de Geociências (IG) e selecionou monitores voluntários para a exposição, que segue aberta para visitação até o dia 22 de novembro, com entrada gratuita.

Atuando em frentes como curadoria científica dos conteúdos expositivos e coordenadoria de monitoria acadêmica, a parceria entre universidade e instituto também contará com a presença de pesquisadores e professores em painéis promovidos pela Casa. De acordo com o professor Eduardo Martinelli, do IG, a parceria entre a família Shurmann e a UFPA se consolidou em 2022.

Martinelli reforça que a interação entre o público e a exposição é muito importante e que a participação dos monitores da academia é crucial, principalmente para sua formação, além de levar os conhecimentos que são produzidos na UFPA para lugares de debates fora dos muros institucionais. “A parceria não só  é importante para a formação dos monitores que têm o conhecimento específico de Biologia marinha, Oceanografia ou até mesmo de Museologia, Turismo e Comunicação, mas também por esses monitores transferirem o conhecimento produzido na Universidade para a população geral”, comenta.

Para Nicole Aleixo, monitora da exposição, graduada e mestra em Oceanografia na UFPA, a experiência  tem sido ótima: “A gente vê,  na prática, aquilo que a gente é acostumado a trabalhar na academia, no laboratório, fazendo pesquisa, e podendo transferir esse conhecimento que, muitas vezes, fica preso no ambiente acadêmico para a população”, conta. De acordo com ela, as principais informações repassadas para os visitantes são sobre os branqueamentos de corais, o impacto do descarte incorreto de resíduos sólidos no oceano e como os plásticos impactam a vida marinha e fluvial de rios e mares na região amazônica.

A visitante Raissa da Paz, estudante de Fisioterapia, disse que achou muito bonita a energia que os quadros trazem. “É nítido que, mesmo na humildade, mesmo na simplicidade, é um povo muito feliz. Eu estava reparando que tem fotos atuais e  antigas, então essa cultura de ser feliz no simples vem daqui, é nossa. Para mim, é maravilhoso contemplar isso, trazendo amigos e família para contemplar também, para que isso nunca fuja da nossa realidade”, comenta.

A exposição conta com duas salas no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, uma sobre os oceanos, com obras audiovisuais e esculturas; e uma sobre os rios da Amazônia, com fotografias de Luiz Braga. O espaço é aberto ao público, e a visitação é gratuita, sem a necessidade de inscrição prévia. “Os visitantes podem esperar uma imersão completa na questão de diversos temas que estão sendo abordados e que os oceanos estão enfrentando, como o branqueamento de corais e também a poluição plástica”, conclui a monitora Nicole Aleixo. Para saber os horários disponíveis para visitação e programações, basta acessar o Instagram do projeto.

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