Com o propósito de apresentar uma diversidade de narrativas que unem a arte, a cultura e a natureza, a equipe da 76ª edição da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência preparou uma série de exposições para exaltar as identidades culturais paraenses, que estará disponível de 8 a 13 de julho, a partir das 9h, no Campus Guamá da UFPA, em Belém. Ao todo, sete mostras fazem parte da programação da Tenda da SBPC Cultural, que tem como objetivo afirmar a conexão entre a ciência, a tecnologia e os mais variados conhecimentos culturais, para possibilitar, assim, um espaço transformador da sociedade com o meio ambiente.
“Esta exposição, na realidade, está trazendo uma coisa muito interessante, que é esse processo de ensino-aprendizagem. Ele, com essa própria estrutura da interdisciplinaridade, é muito importante para que todos que aqui estejam conheçam um pouco da nossa realidade. Realmente, ainda tem muita coisa para se ver que está sendo exposta, inclusive ainda estão até colocando nos magazines, mas, assim, o que eu acho interessante é essa diversidade que a gente tem de cultura, de uma forma geral, das artes, porque isso aqui se chama ‘artes’, não é apenas ‘a arte’. E são importantes esses espaços, a gente precisa valorizar cada vez mais isso”, enfatiza o servidor do Instituto de Ciências da Saúde da UFPA Alex Feio.
Na entrada do espaço cultural, a Exposição “Museu Auto do Círio”, do curador Tarik Coelho Alves, oferece uma amostra de objetos e materiais audiovisuais que acompanham a história do Espetáculo-Cortejo Auto do Círio, um evento que é realizado por artistas e devotos paraenses durante o mês de outubro. Logo à sua frente, também está a Mostra “Tecidas Ações em Güera”, sob a responsabilidade da professora Cláudia Leão, que apresenta a ideia sobre “o hábito e a disposição para praticar novos atos no sentido dos anteriores”, fundamentada por Arthur Leandro Kinamboji.
Outra exposição de pintura coletiva presente na SBPC é a “Raio que o Trava”, curada pela pintora e arte-educadora Rafael Matheus Moreira, inspirada no nome da arquitetura “Raio que o Parta”, presente nas fachadas características das residências de Belém do Pará. Já a Mostra “Ver o Ofício” contempla uma série de telas da artista Isis Molinari, produzidas com base em uma visão poética da labuta diária e intensa de cada um dos personagens retratados nas obras.
Somada a essas narrativas, a Exposição “Memorial Padre Bruno: a caminho do Emaús”, sob a coordenação dos professores Inês Ribeiro e Tadeu Costa, reúne 36 fotografias que retratam como a visão e a dedicação do sacerdote deram origem ao Movimento República de Emaús. Além de telas e pinturas, o espaço da SBPC Cultural ainda apresenta uma coleção de figurinos de espetáculos, coordenada pela professora Ézia Neves, da Escola de Teatro e Dança da UFPA (ETDUFPA).
E, para completar, com a curadoria da professora Elaide Martins, a Mostra “Nós Cartográficos” apresenta gravuras expostas que são fruto de um processo coletivo de criação no ateliê pelo Projeto Mordente. “As exposições estão muito legais. Assim superestruturadas, bem montadas, com bastante informações para a gente saber todas as coisas. Mas eu sou muito fã da gravura, então isso foi o que chamou um pouco mais a minha atenção, e está tudo ótimo. Tudo muito legal, bem-feito, muito bonito”, realçou a pedagoga e professora aposentada Lisete Gouvêa.