Voltada para empreendedoras(es) que atuam com produtos oriundos de empresas familiares ou iniciativas populares, a Feira da Economia Solidária e da Diversidade reunirá 44 expositoras(es) de diferentes regiões do Brasil durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorrerá de 7 a 13 de julho de 2024, no Campus Guamá da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Integrando redes de cooperação que atuam na perspectiva da economia solidária em todo o país, as(os) expositoras(es) da feira foram selecionadas(os) por uma curadoria nacional, realizada desde 2023. O professor associado do Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares (Ineaf) da UFPA e coordenador da Feira da Economia Solidária e da Diversidade, Flávio Barros, explica que alguns valores e princípios foram considerados no momento da seleção.
“A primeira coisa que a gente considerou foi que princípios e que conceitos nós iríamos levar para a feira. E, de acordo com o nosso projeto, os princípios considerados foram os que garantissem a intensa participação das mulheres, a valorização da diversidade cultural do Brasil, a possibilidade de contemplar os diferentes biomas do país, a priorização da participação de comunidades tradicionais de territórios distantes, em situação de conflito ou de vulnerabilidade; e os que atendessem aos princípios da agroecologia, por meio de empreendimentos que valorizem a agricultura familiar”, afirma Flávio Barros.
De acordo com o professor, esta é uma segunda versão da Feira da Economia Solidária dentro da programação da Reunião Anual da SBPC. A primeira iniciativa do tipo foi realizada durante a Reunião de 2023, ocorrida em Curitiba, no Paraná, e, neste ano, em Belém, a comissão local decidiu não apenas dar continuidade à feira, como também fazer uma série de incorporações. Com isso, na Reunião Anual da SBPC na UFPA, a feira passa também a incorporar a diversidade, que estará representada na variedade de produtos que será encontrada pelas(os) participantes do evento.
“Os valores que elencamos foram sendo agregados a esse projeto da feira e nós acabamos fazendo também uma divisão, trazendo gente de todo canto do Brasil. Nós vamos ter, por exemplo, um casal de agricultores que vem do interior de Minas Gerais para comercializar queijo artesanal da Canastra, um queijo maravilhoso e sem agrotóxicos, todo feito na propriedade deles, com a criação das vacas no quintal. Assim como nós vamos ter, também, o nosso queijo do Marajó”, exemplifica Flávio Barros.
Entre os outros destaques, o professor aponta, ainda, que a feira contará com a participação de artesãos indígenas do Mato Grosso que apresentarão seu artesanato feito de madeira caída; de um grupo de mulheres do litoral do Piauí que produz cestos e utensílios da palha da Carnaúba; de empreendedores de comunidades quilombolas do nordeste do estado; de guardiãs e guardiões de sementes do interior de Pernambuco; de apanhadoras de flores sempre-vivas, um grupo de mulheres de povos tradicionais do interior de Minas Gerais; de produtores que comercializam café agroecológico; do grupo de mulheres Sementes do Quilombo, do Marajó, que trabalha com tecidos africanos; de mestres de fazeres de farinha de Bragança; entre muitos outros. “É uma diversidade enorme de grupos sociais e de produtos que poderão ser vistos na Feira da Economia Solidária e da Diversidade, durante a Reunião Anual da SBPC”.
Sobre – A Feira da Economia Solidária e da Diversidade integra a programação da 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre de 7 a 13 de julho, no Campus Guamá da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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