O auditório da Secretaria Geral dos Conselhos Superiores Deliberativos da Universidade Federal do Pará (Sege-UFPA) sediou o primeiro encontro de 2019 do Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente do Pará (Forprof-PA), na última sexta-feria, 25. Durante o encontro, foi apresentada a nova presidente do Forprof-PA, a secretária de Educação Leila Freire.
"Em termos de políticas públicas voltadas à Educação, entendo que jamais vamos conseguir avançar, se não mantivermos o diálogo aberto, franco e passando pela união dos dirigentes municipais de Educação, assim como pelas associações e pelos 144 municípios que nós temos, cada um com suas diferentes realidades", disse Leila Freire, durante seu discurso de posse.
A secretária de Educação saudou os presentes e destacou a importância do fórum para discutir o acompanhamento, a avaliação e a implementação de políticas para a formação de professores. "Impossível falarmos de qualidade, sem discutirmos esses processos formativos, que devem ser colocados como prioridade", afirmou a nova presidente do Forprof-PA.
Leila Freire também reforçou o compromisso de promover, por meio de concurso público, o acesso de professores à carreira na rede pública de ensino. Durante a reunião, a Seduc/PA apresentou um levantamento com base em dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), sobre a demanda por formação na educação pública do Estado.
O pró-reitor de Ensino de Graduação da UFPA, professor Edmar Tavares da Costa, apontou a importância do Plano Nacional de Formação de Professores (Parfor), para ampliar a formação de docentes no interior do Estado. "O défice (na formação) continua incrivelmente alto, principalmente nas Regiões Norte e Nordeste do País. São as que mais sofrem com a redução do investimento destinado a esse programa", afirmou Edmar Costa.
Coordenadores do Parfor nas Instituições Públicas de Ensino Superior do Pará apresentaram o panorama da etapa atual do programa em cada instituição. O coordenador do Parfor na UFPA, professor Márcio Nascimento, ressaltou o caso de alunos que são distratados após entrarem em turmas do Parfor. "É triste ver a repetição deste quadro. Isso é uma coisa recorrente em alguns municípios, por questões políticas", disse Márcio Nascimento.
"A gente precisa reforçar essas responsabilidades da gestão como um todo, ao longo dos processos", concluiu o coordenador do programa na UFPA, pedindo, ainda, que o Fórum Nacional de Coordenadores do Parfor se empenhe na luta pelas especializações no Parfor. Participaram, ainda, representantes da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), do Instituto Federal do Pará (IFPA), da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e da Universidade do Estado do Pará (UEPA).
Representando a UFPA, o vice-reitor, Gilmar Pereira da Silva, comemorou o que os impactos provocados pelo Parfor representa no interior do Estado. "Acho que nunca tivemos um projeto com a capilaridade do Parfor. Nós precisamos convencer o governo do Brasil e o governo do Estado de que o programa de formação de professores não pode ter começo, meio e fim, precisa ser permanente, não podemos parar nunca", disse o vice-reitor.
Texto e fotos: Alexandre Yuri / Ascom Parfor