“Para pensar na humanização na saúde, a gente tem que primeiro se humanizar”. Foi com essa frase da especialista em Saúde Coletiva Valéria Rôças que os funcionários do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA)/ Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), iniciaram o "Workshop Humanização e Subjetividade: caminhos e recursos", realizado na manhã desta segunda-feira, das 8h às 12h, no Centro de Estudos do HUJBB. Ela e o gestor de projetos sociais e arte-educador Mauro Rego foram convidados como facilitadores do evento, com o objetivo de fortalecer a humanização na instituição de saúde.
O organizador do evento e chefe da Humanização no HUJBB, Juramir Oliveira, informou que a capacitação foi motivada por conta da agenda permanente anual e também pela Santa Casa de Misericórdia do Pará, parceira do hospital universitário, ao garantir a presença dos facilitadores. “Eles têm a bagagem de trabalhar a Política Nacional de Humanização (PNH) no serviço de saúde além do viés acadêmico, ou seja, de forma lúdica e dinâmica. A Santa Casa, por ser nossa parceira nesse trabalho da humanização, nos ofertou este momento”, ressaltou.
A expectativa dele, a partir de agora, é disseminar as ações da PNH na comunidade hospitalar, considerando a aceitação do público interno, envolvendo desde gestores até os agentes de portaria. Na opinião dele, as pessoas presentes ao workshop saíram certas de que, apesar das dificuldades do dia a dia, é preciso se humanizar, para oferecer humanização ao outro.
Conhecimento – Entre os presentes, estava a técnica em laboratório Ida Márcia Costa Bezerra, lotada no setor anatopatológico. Ela revelou a vontade de participar de uma capacitação de humanização, pelo motivo de acreditar na troca de conhecimento gerada nesses eventos. “A partir do momento em que entrei aqui, absorvi cada palavra e vou levar para a minha vida, porque contribuirá não só para o meu trabalho no laboratório, mas também para a melhoria do atendimento”, enfatizou.
Outro que também saiu entusiasmado foi Luciano Freitas, do ambulatório do 1o andar oeste. “Penso que essas atividades deveriam ter mais aqui, no hospital, para termos a chance de compartilhar mais conhecimento com os nossos colegas”, disse. Para ele, outras atividades precisariam ser promovidas junto aos funcionários, pensando a humanização não apenas para o paciente, mas também para a pessoa que atende.
Mauro e Valéria saíram impressionados com o grupo participante do workshop do Barros Barreto, porque, segundo a facilitadora, se observaram duas vertentes imprescindíveis: “que humanização não é feita apenas pelo comitê de gestão da humanização, mas por todos, e hoje não vimos diferença. A outra é que se pensa no processo de cura em coletividade e ficou evidente aqui”, comentou. Mauro completou dizendo que um hospital da dimensão do HUJBB precisa manter vivo esse sentimento, para que as pessoas atuem “felizes e saudáveis” e, assim, ajudem os pacientes.
Texto e fotos: Edna Nunes – Ascom Complexo Hospitalar da UFPA/ Ebserh.