O Dia Nacional de Combate ao Glaucoma é lembrado anualmente no dia 26 de maio. Um alerta necessário, considerando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, no mundo, serão 80 milhões de pessoas até 2020 e mais de 1 milhão delas estará no território brasileiro. Para contribuir com o controle da doença, que, se não tratada corretamente, pode levar à perda da visão, o Hospital Bettina Ferro de Souza (HUBFS), do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (UFPA)/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), oferece atendimento completo, com a equipe médica responsável pelo acompanhamento de 50 pacientes por semana, mais de 300 por mês.
"O glaucoma é uma doença que vai roubando aos poucos a sua visão, principalmente a periférica, ao ponto de você nem perceber. Por isso quanto mais rápido o diagnóstico, melhor é a chance de controlá-la", informa a oftalmologista do HUBFS Mônica Alves. Ela afirma que o diagnóstico precoce é fundamental e, entre os grupos de risco, cita as pessoas diabéticas, filhos de pais com glaucoma, pacientes de miopia que sofrem de enxaqueca. "Se há esse histórico, é bom comunicar ao seu oftalmologista", aconselha.
A doença não tem cura, mas a sua progressão pode ser evitada por meio de colírio. A oftalmologista diz, ainda, que as cirurgias e o tratamento a laser são aconselhados em segundo plano, caso o colírio não responda positivamente.
A costureira Carmelita de Aquino, de 44 anos, descobriu a doença após passar por uma série de exames no hospital Bettina. Ela conta que, até receber o diagnostico, não imaginava que seguiria os passos do pai e da mãe. "Achava que era apenas um problema corriqueiro da visão, precisando só de óculos, porque sentia dor de cabeça e tinha dificuldade para enxergar, impedindo até de eu costurar. Não imaginava que seria glaucoma, a mesma doença dos meus pais", conta.
Ao seguir as recomendações médicas, fazendo o uso do colírio, conforme prescrito pelo especialista do HUBFS, Carmelita garante que voltou a enxergar melhor e a continuar com a sua costura. "Penso que isso acontece porque sou disciplinada, tanto que, na última consulta que tive no Bettina, o médico disse que a doença não avançou", conta aliviada.
Texto: Ascom do Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh
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