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TAMANHO DA FONTE

Kuyera -Festival Cultural Independente ocorre nos dias 19 e 20 de setembro

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Como grupos e coletivos culturais independentes se organizam? Como mobilizam seu público? De que forma esses movimentos se mantêm vivos e resistindo, mesmo sem um  apoio financeiro regular? O que ainda faz o coração pulsar? Essas e outras indagações são os direcionamentos principais da Kuyera – Festival Cultura Independente, nos próximos dias 19, no Sesc Boulevard, e 20, no Espaço Etnias Cultural e no Café com Arte, em Belém. A entrada é gratuita.  Confira aqui a programação. 

A programação, pensada com base nas dúvidas, inclui workshop, mesas-redondas e pocket shows com grupos formados na periferia da capital paraense e representantes de movimentos sociais. A ideia é pensar, conjuntamente, como arte e mobilização social caminham juntas e discutem além de questões próprias da arte – como música, poesia, teatro popular, batalhas de MCs – também a maneira como falar sobre o cotidiano e as lutas por direitos no contexto amazônico.

Cena cultural independente – “Queremos contribuir com a cena cultural independente da capital paraense, divulgando e promovendo encontros com os seus atores.  A proposta é abranger diferentes iniciativas e personagens da cena local e colocá-los em diálogo com outras cenas culturais de outros lugares da Amazônia, a fim de estimular o compartilhamento de vivências que entrelaçam lutas e mobilizações na nossa região”, explica Matheus Botelho, coordenador geral da Na Cuia-Produtora Cultural, idealizadora do evento.

Para Priscila Duque, cantora e compositora do grupo de carimbó Cobra Venenosa e também articuladora da Subversiva-Produtora Cultural Independente – iniciativas que surgiram em Icoaraci (distrito de Belém)-, arte e resistência caminham juntas. Ela é apoiadora do evento e também vai se apresentar na roda de conversa “Festas e Espaços de Resistência”. Em seus versos, ela expõe sua militância no movimento feminista e clama para que as mulheres reconheçam suas dores e se posicionem de outra forma e se reconheçam em uma sociedade opressora. Ela acredita no potencial de sensibilizar por meio da palavra, fazendo um carimbó pau e corda, urbano e contemporâneo.

Sobre a Kuyera – A Kuyera é um evento cultural produzido de forma independente pela Na Cuia – Produtora Cultural e surgiu como momento de lançamento ou apresentação das edições de sua revista digital. O evento teve duas edições em 2015 que possibilitaram a troca de ideias entre o público da revista e o seu corpo editorial, além de abrir espaço para artistas e iniciativas coletivas independentes. Após este hiato de dois anos, o evento retorna em um novo momento da Na Cuia, que agora atua como Produtora Cultural.

O objetivo é divulgar a cena cultural independente de Belém, buscando o diálogo e a troca de experiências entre jovens empreendedores culturais, fazedores de cultura, movimentos sociais e artistas independentes da cidade e também de outros lugares da Amazônia, a partir da temática “Mobilização, União e Resistência”. Agora com o  formato de festival cultural, a Kuyera contará com apresentações musicais, rodas de conversa, painéis, workshops, performances e sarau nos dias 19 de setembro, no Sesc Boulevard, e 20 de setembro, no Espaço Etnias Cultural e no Café com Arte.

Na Cuia-Produtora Cultural – A Na Cuia é uma produtora cultural formada por jovens que buscam discutir cultura com base nos olhares diversos, abordando discussões por meio de narrativas que fogem de um recorte hegemônico, explorando, de diferentes perspectivas, os movimentos e acontecimentos da cena cultural amazônica.

Começando como uma revista, a  Na Cuia foi criada em 2014, por um grupo de estudantes de Comunicação Social, na  Universidade Federal do Pará (Facom/UFPA). Com catorze edições publicadas, duas edições do evento Caldeirada – Comunicação e Cultura, correalizado com a Faculdade de Comunicação da UFPA, duas edições da Kuyera, três oficinas ministradas e inúmeras coberturas e apoios de movimentos culturais e sociais,  a equipe percebeu que havia potencial para a expansão do projeto.

A ideia é explorar outras possibilidades para além da publicação digital. Um desses novos caminhos é a atuação da Na Cuia como Produtora Cultural. Dessa forma, será possível experimentar outros formatos de produção de conteúdo e eventos. A inquietação e a busca por inovação e a valorização na cultura e na política nos movem e, assim, a Na Cuia se move e propõe-se a contribuir  com essas histórias enraizadas na cidade e na Amazônia e a compartilhá-las.

Texto e arte: Divulgação

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