A Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) realizará, no dia 14 de agosto de 2025, o quarto encontro do programa Motirõ, no Centro de Eventos Benedito Nunes, na Universidade Federal do Pará (UFPA). Com o tema “Cultura ancestral e popular: floresta em pé e a sobrevivência dos mitos”, o evento é gratuito e terá credenciamento a partir das 8h e início às 9h. Para participar, é necessário retirar o ingresso on-line. As inscrições estarão disponíveis até o dia 11 de agosto ou enquanto houver vagas.

O evento integra o programa Motirõ, uma iniciativa da Fadesp voltada ao letramento socioambiental e à educação ecológica para a comunidade de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). O programa está alinhado às ações preparatórias para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em Belém, em novembro deste ano. 

O tema deste encontro propõe uma reflexão sobre o papel da cultura ancestral e popular na preservação da floresta e das identidades coletivas. Mitos, ritos e narrativas orais atuam como forças de resistência e de transmissão de conhecimento. A programação contará com a presença de três nomes de destaque da cultura e da resistência popular no Brasil: Luiz Antonio Simas, historiador, professor, escritor e compositor, é referência nacional nos estudos sobre cultura afro-brasileira, religiosidade e samba; Zeneida Lima, pajé, escritora e educadora, considerada uma das maiores vozes da espiritualidade amazônica, com forte atuação na valorização dos saberes tradicionais e dos encantamentos da floresta; e Milton Cunha, acadêmico e carnavalesco, com uma trajetória que une arte, crítica e espetáculo, destacando o valor simbólico das manifestações culturais.

A realização do evento pretende convidar o público a reconhecer a floresta como lugar de memória, imaginação e pertencimento, e a pensar sua preservação para além da biodiversidade, como também um compromisso com a diversidade cultural. 

A palavra “motirõ”, de origem tupi-guarani, designa um grupo que se reúne para construir ou colher algo coletivamente e essa ideia inspira o formato do encontro. A cada edição, o programa reúne especialistas e lideranças para discutir os desafios ambientais e sociais da atualidade, com foco na Amazônia, seus povos, saberes e modos de vida.

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