Reconhecido mundialmente por sua estrutura imponente a serviço de causas ambientais, o navio Rainbow Warrior, do Greenpeace, atracou na Universidade Federal do Pará (UFPA) na última quarta-feira (5) e esteve aberto ao público na capital paraense. O navio e sua tripulação receberam visitantes no último final de semana, das 9h às 16h.
O clima de expectativa para conhecer as instalações do veleiro podia ser sentido de longe: uma extensa fila se formou às margens do rio Guamá e, mesmo sob o sol forte, os visitantes não desistiram da visita, para alegria dos anfitriões.
Logo no começo da visita, tripulantes e voluntários do Greenpeace contam aos visitantes sua história e ações sobre o navio. O Rainbow Warrior está atracado no Trapiche Ribeirinho, uma parceria entre a UFPA, a Fundação de Amparo e Desenvolvimento de Pesquisa (Fadesp) e o Greenpeace Brasil.

Segundo Rômulo Batista, coordenador de Soluções da Floresta do Greenpeace, o navio chega a Belém com a missão de demandar dos participantes da COP 30 ações práticas de combate ao desmatamento, fim do uso de combustíveis fósseis e adoção de práticas de justiça ambiental e social dos países desenvolvidos.
“Uma das missões do Rainbow Warrior aqui é servir como uma plataforma para amplificar as vozes das populações indígenas, extrativistas e do povo que vive em Belém. Já são milhares de pessoas que estão aqui conosco e vão nos ajudar a demandar e pressionar os governantes que estão na COP 30. As vozes das pessoas da Amazônia têm que ser ouvidas, porque se tem alguém que sabe como cuidar da sua floresta é quem é daqui”, explicou Rômulo.
Ele também exaltou a parceria com a UFPA para o Trapiche Ribeirinho e para as ações do Greenpeace em Belém. “Fomos muito bem recebidos aqui, pela UFPA. É uma honra poder fazer essa parceria para a construção desse trapiche ribeirinho que vai receber os alunos que vêm do interior, além dos barcos da própria universidade. E aqui, na Universidade, existem dois grandes fatores que, para o Greenpeace, são superimportantes: a ciência e o apoio popular”.

Visitação Pública – Apesar da fila, os visitantes continuaram animados para conhecer o navio. “Fico feliz de saber que muita gente se interessa por isso, porque é um assunto real, que a gente vive. Eu espero que, lá dentro, tenhamos indicações de como eles ajudam quem precisa de apoio na defesa da Amazônia”, contou a bancária Kátia Pantoja, enquanto aguardava para visitar o veleiro.
O público ficou impressionado com o navio e comemorou a oportunidade única. “O impacto de estar ancorado aqui, na UFPA, que é uma universidade única, que fica na beira do rio e se conecta diretamente com a Amazônia e a floresta, que pesquisa sobre a manutenção do meio ambiente, da biodiversidade. Conseguimos ver a importância que a presença do barco do Greenpeace tem tanto para a UFPA quanto para a cidade de Belém”, relatou a estudante de Letras Marília Amorim.
O Rainbow Warrior atracado no campus da UFPA é o terceiro a ocupar o posto e o primeiro construído com design personalizado que seguia os padrões ambientais da época em que foi idealizado, entre 2009 e 2011. O primeiro Rainbow Warrior foi lançado em 1978 e aposentado em 1985, após sofrer graves danos causados por bombas do serviço secreto francês, às vésperas de um protesto pacífico contra testes nucleares realizados pela França.
O Rainbow Warrior II foi comprado com a indenização paga pelo governo francês à organização, que o adaptou para diminuir, ao máximo, o impacto ao meio ambiente. Ele foi doado em 2011 para servir como barco-hospital de uma ONG de Bangladesh. O número III foi inaugurado em 2011, quando foi construído e apresentado pelo Greenpeace. A data exata de lançamento foi em 10 de outubro de 2011, em Bremen, Alemanha.





