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TAMANHO DA FONTE

No Dia Mundial de Luta Contra a Aids, professora da UFPA fala sobre os desafios ainda existentes para a prevenção ao HIV

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Cerca de 38 milhões de pessoas no mundo vivem com HIV, segundo dados da Unaids, e, só em 2019, mais de 690 mil pessoas morreram de causas relacionadas à doença. Por isso é muito importante que datas como o dia 1º de dezembro, considerado o Dia Mundial da Luta Contra a Aids, continuem a abrir espaço para lembrar os riscos e para esclarecer dúvidas sobre a doença. 

Instituído, em 1988, pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Mundial da Luta Contra a Aids surgiu para conscientizar a população sobre a necessidade de prevenção e de promover o entendimento sobre a doença, além de possibilitar às organizações governamentais e aos governos um momento específico para a união e o desenvolvimento de estratégias individuais e coletivas de prevenção. 

Segundo a professora Helena Brígida, da Faculdade de Medicina (Famed) da UFPA, é fundamental que haja essa multiplicidade de informação e percepção do risco de exposição ao HIV e da importância de fatores, como: uso de preservativos, aconselhamento sobre as demais infecções sexualmente transmissíveis (IST), incentivo à realização de testagem, adesão aos medicamentos, vínculos aos serviços de saúde, estratégias de comunicação e educação interpares, uso antirretrovirais como prevenção em casais com sorologias diferentes, entre outras coisas.

Hoje, um  dos principais desafios está na conscientização das gerações mais jovens, que não viveram o período de maior debate sobre a doença e têm tido um grande índice de contaminação. “É importante destacar que qualquer pessoa possui a vulnerabilidade em adquirir o vírus HIV e, por isso, é muito importante aumentar o quantitativo de pessoas que realizam testes de HIV. Se der negativo, serão ressaltados os cuidados de prevenção. Se o teste for positivo, a pessoa poderá iniciar imediatamente os tratamentos”, ressalta Helena Brígida.

Tratamentos preventivos“Uma das formas importantes de prevenção é o uso de antirretrovirais nas pessoas que têm o HIV, fazendo com que fiquem com a carga viral indetectável e não ocorra transmissão a outras pessoas, além de proporcionar uma vida longa e saudável a quem vive com o vírus”, explica Helena Brígida. Atualmente, das pessoas que vivem com HIV, cerca de 67% têm acesso aos tratamentos antirretrovirais.

Além dos tratamentos antirretrovirais, o Sistema Único de Saúde (SUS) também distribui a Profilaxia Pré-Exposição (PReP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). A primeira é uma medida de prevenção, medicamentos combinados que devem ser tomados diariamente e impedem que o vírus se estabeleça no organismo. A PEP, por outro lado, é uma medida de urgência, utilizada quando o paciente que esteve em uma situação de risco de contágio toma um coquetel de medicamentos por 28 dias, para diminuir o risco de infecção após exposição ao vírus. 

Além da prevenção, a testagem periódica também é importante para frear a transmissão do vírus e permitir uma vida saudável aos infectados. No Brasil, a testagem é feita gratuitamente pelo SUS, em Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs) ou em hospitais especializados. Na UFPA, a ONG LGBT Olívia realiza, periodicamente, em parceria com o CTA de Belém, campanhas de testagem. 

Texto: Rafael Miyake – Assessoria de Comunicação da UFPA
Arte: Mkt Ascom

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