O Núcleo de Estudos Transdisciplinares em Educação Básica (NEB) da Universidade Federal do Pará realizou, no dia 14 de setembro, um debate sobre os resultados do Pará no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) no ano de 2017. Participaram do debate o professor Ronaldo Araújo, diretor do NEB; o professor Genylton Rocha, diretor-adjunto do NEB; Francisco Lima, do Fórum Estadual de Educação; Evandro Paiva, da Secretaria Estadual de Educação (Seduc); e a professora Clarice Melo, diretora de Desenvolvimento do Ensino (DIDEN) da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg) da UFPA.
De acordo com o professor Ronaldo Araújo, promover uma discussão sobre a educação básica no Estado é um dos compromissos da Universidade. “A Universidade tem um compromisso com a qualificação da educação básica e os indicadores revelam que essa educação tem problemas, daí a importância do cumprimento da função social da Universidade, que é discutir, estudar e propor alternativas para solucionar este grave problema social”, afirma.
Índices – Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), responsável pela realização do IDEB, o Pará tem índices considerados baixos para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Para as séries iniciais do Ensino Fundamental, o índice alcançado é de 4,7, e é o único que superou a meta estipulada. Para as séries finais do Ensino Fundamental, o índice é 3,8 e, para o ensino médio, o índice é 3,1. Os dois ficaram abaixo da meta definida.
Para o professor Ronaldo, além da falta de estrutura adequada nas escolas, outro motivo para os baixos índices é a falta de valorização dos professores das redes municipal e estadual. “São vários fatores que contribuem para o baixo padrão de qualidade da educação, mas o principal é a precariedade das escolas, que demonstra a falta de condições para um adequado trabalho docente. Para ajudar a solucionar esse problema, é preciso assegurar condições mais dignas para a tarefa de ensinar e de aprender, assegurando, pelo menos, o básico de estrutura e, a partir disso, garantir um projeto pedagógico que agregue os professores e valorize o ensino”, frisa.
Ao se tratar das principais dificuldades enfrentadas dentro da sala de aula, o professor da rede pública estadual, Fabiano Marques, afirma que elas são uma consequência dada ao professor em formação. “A primeira dificuldade é a questão da formação dos professores e da qualidade dessa formação. A universidade dá o suporte, mas formação continuada precisa ser feita e o Estado precisa dar esse aparato de formação. Penso que essa é uma dificuldade que precisa ser trabalhada para que, assim, possa elevar os índices do IDEB”, explicou Fabiano.
Acesse os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB)
Texto: João Pedro Bittencourt e Raquel Brasil – Assessoria de Comunicação da UFPA