Inspirada nas histórias e narrações sobre como as mulheres atuaram com relação ao Cristianismo nos primeiros séculos, a professora Roberta Alexandrina da Silva da Faculdade de Educação (Faced), do Campus de Bragança da Universidade Federal do Pará (UFPA), em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG), produziu a obra “Mulheres no Cristianismo Primitivo: poderosas e inspiradoras”. O livro é voltado aos acadêmicos da área de Ciências Humanas, em especial historiadores, teólogos, arqueólogos e cientistas da religião que se interessem em temas sobre perspectivas feministas e de gênero.
A produção bibliográfica possui onze capítulos que reúnem apenas pesquisas de mulheres historiadoras, arqueólogas, teólogas e pesquisadoras de diferentes países que se dedicaram a estudar os traços que caracterizaram as trajetórias femininas no Cristianismo Primitivo. O tema foi escolhido com o intuito de evidenciar uma reconstrução histórica do protagonismo feminino nos cristianismos originários, apresentando assim, outras facetas muitas vezes esquecidas historicamente.
“A obra tem a pretensão de contribuir, através de uma coletânea de trabalhos de
pesquisadoras de distintas nacionalidades e instituições, com as pesquisas atuais, a compreensão acerca da diversidade e pluralidade que foi o cristianismo primitivo, ou cristianismos originários. Os textos reunidos nessa coletânea proporcionam ao público estudos e abordagens inovadoras sobre as mulheres no Cristianismo primitivo, a partir de variadas perspectivas da área das Ciências Humanas”, ressalta Roberta Alexandrina da Silva.
Sobre a produção da obra – O livro “Mulheres no Cristianismo Primitivo: poderosas e inspiradoras” foi produzido pela professora Roberta Alexandrina da Silva da Faced do Campus de Bragança da UFPA, em parceria com os professores Pedro Paulo Funari do Instituto Federal de Ciências Humanas da Unicamp e Claúdio Umpierre Carlan, vinculado à Unifal de Minas Gerais. A obra está disponível na Editora Paulus e na Fonte Editorial, sendo vendida também pela Amazon.
“Como o meu capítulo é o último da obra, com o título ‘A Participação Feminina no Cristianismo Primitivo e a Influência de Paulo no Gnosticismo’, trabalho com um debate de gênero ao compreender que o movimento cristão primitivo foi impulsionado por mulheres, principalmente, as elitizadas e intelectualizadas. Duas décadas atrás um estudo sobre o pioneirismo de mulheres no movimento cristão no início do século era quase nulo e, com isso, não havia uma representatividade. Nesse sentido, compreendo a sua crucialidade na atualidade, pois foram intérpretes de uma história escamoteada e segregada”, finaliza a professora Roberta Alexandrina da Silva da UFPA.
