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TAMANHO DA FONTE

Oficina explora performances cantadas e corporais durante a programação cultural da SBPC

Com um público composto por pessoas de diferentes idades, a oficina “Brinquedo de Cantar”, organizada pelo professor Thales Branche, do Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGArtes/ICA), da UFPA, compartilhou pesquisas e procedimentos que buscam explorar os processos de criação e as epistemologias caboclas na Amazônia, resgatando cantigas de roda e performances corporais. A oficina foi ministrada por bolsistas integrantes do Grupo de Pesquisa Laboratório de Performances Vocal, Sonoridade e Diversidades (Labguma) como parte da programação cultural da 76ª Reunião Anual da SBPC.

“Este projeto parte do nosso conhecimento de voz e corpo. Nossas pesquisas vão partindo no cantar, e esse canto imperfeito também está nas brincadeiras. Quando eu proponho uma ciranda, por exemplo, não tem esse canto marcado e aprendido anteriormente, ficamos à mercê do agora. Eu conto com a presença e com o ‘estado presente’ dos brincantes”, explica Julianne Stael, bolsista da ETDUFPA e uma das ministrantes da oficina.

Para Lucas Serejo, também bolsista do projeto, o canto é um elemento ancestral, transmitido durante a infância e capaz de despertar um estado corporal direcionado para si. “De onde aprendemos a cantar? Quem são nossas primeiras influências? Acredito que vem das mães e avós, do nosso núcleo familiar e social. A brincadeira provoca uma performance corporal desgarrada da visualidade do outro e mais introjetada para si. A voz que a gente quer ver nessas brincadeiras é a voz de dentro, é a voz lá do fundo. E a partir disso, a gente provoca com jogos”, explica o bolsista. 

Para Evs Cris, integrante do projeto, conduzir uma oficina em um grande evento acadêmico como a SBPC exige uma preparação sempre aliada ao inesperado: “acredito que, pelo teor da brincadeira, por mais que sejam planejadas, as dinâmicas dão lugar à ludicidade. O que nossos corpos podem entregar naquele momento?”.

Nem mesmo o calor típico das tardes de Belém nem os raios de sol que insistiam em adentrar na Tenda Cultural da SBPC impediram que o público fosse cativado pelo convite feito pelo grupo de pesquisa. “Sou suspeito para falar, pois brincar é algo que eu adoro. Dançar, cantar, brincar de roda, enfim, o corpo brincante me afeta muito. Então eu vim aprender”, afirma Edson Elias Rodrigues, estudante da ETDUFPA. 

TEXTO: Williams Gomes - Comissão Local de Comunicação da 76ª da Reunião Anual da SBPC

FOTOS: Elza Lima

Relação com os ODS da ONU:

ODS 4 - Educação de Qualidade

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