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TAMANHO DA FONTE

“Paneiro – Espaço de Cultura Alimentar” promove o encontro de sabores e saberes da Amazônia na 76ª Reunião Anual da SBPC

Pensado para simbolizar a diversidade cultural paraense e representar as múltiplas experiências de saberes e sabores, o “Paneiro: Espaço de Cultura Alimentar” é o palco para o debate sobre a cozinha amazônica e o audiovisual dentro da 76ª Reunião Anual da SBPC, que segue com uma extensa programação até o dia 13 de julho. Em seu primeiro dia, o espaço contou com a presença do chef Thiago Castanho e do diretor de Fotografia, Thiago Pelaes, que conversaram com o público sobre a culinária e o audiovisual na Amazônia, dentro da programação “Sabores da Floresta: Cultura Alimentar e Audiovisual na Amazônia”.

Em formato de debate, os convidados compartilharam a experiência de produzir o “Sabores da Floresta”, um programa desenvolvido para explorar e valorizar a cultura alimentar da Amazônia. Thiago Pelaes relatou que, por fazer parte de uma produtora de cinema da região, estava à procura de alguém interessado em abordar esse tema, o que coincidiu com os interesses de Thiago Castanho, que desejava criar um programa de viagem pela Amazônia para mostrar a culinária da região. A ideia era destacar como os ingredientes são utilizados pelas pessoas locais, quebrando o paradigma de que a região é apenas uma fonte de alimentos exóticos, demonstrando que também possui uma rica tradição gastronômica.

Segundo eles, gravar na Amazônia traz consigo diversos desafios, como entender os tempos da Amazônia. Quando se grava no interior do estado ou no interior da Amazônia como um todo, por exemplo, entender e respeitar o tempo da safra e o tempo do outro é essencial. “Mapear de onde vem os ingredientes e os deslocamentos para encontrar um produto é um grande desafio, pois, para gravar um programa como este, a gente tem que ter uma agenda de 30 dias de gravação diretos”, lembrou Thiago Castanho.

Para Thiago Pelaes, a produção de conteúdo, aliada a práticas culinárias, pode contribuir para a visibilidade da Amazônia sob a perspectiva de quem mora aqui. “O audiovisual bem utilizado é uma ferramenta transformadora, em especial, quando pessoas da própria Amazônia contam a história dos interiores da Amazônia e dos ingredientes amazônicos. Quando nós mesmos, com a nossa própria voz, contamos a nossa própria história, isso é valioso”, explicou.

A discussão e a produção de audiovisual sobre a culinária local ampliam a voz do povo amazônico, e o evento buscou destacar a importância da valorização cultural e gastronômica da região. “Esta ideia de ter alguém representando a gente lá fora, mostrando a nossa cultura, é muito importante. Como eu trabalho como produtora regional, pra mim, é importante porque outras pessoas podem conhecer o nosso estado, a diversidade dele e ajudar na divulgação da nossa cultura”, conta Diana Gemaque, expositora no Paneiro.

TEXTO: Evelyn Ludovina - Comissão Local de Comunicação da 76ª da Reunião Anual da SBPC

FOTOS: Elza Lima e Eduardo Kalif

Relação com os ODS da ONU:

ODS 2 - Fome Zero e Agricultura Sustentável

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