O Programa de Pós-Graduação em Saúde Animal na Amazônia (PPGSAAM) da UFPA está realizando, em colaboração com outras instituições de ensino do Brasil e da América do Sul, uma pesquisa com o objetivo de identificar e entender os impactos da crise causada pela pandemia de Covid-19 no consumo de carne e peixes, e descobrir se tais fatores afetam a segurança alimentar das famílias, e quais regiões foram mais afetadas.
Segundo a professora Alessandra Scofield, do PPGSAAM, esses dados propiciarão uma análise comparativa sobre o consumo de proteína animal por famílias residentes em nove países da América do Sul e os impactos acarretados pela pandemia de Covid-19 sobre os hábitos alimentares e a segurança alimentar. “Com essas informações esperamos determinar o consumo de proteína animal antes e durante a pandemia, verificar se houve mudança entre estes dois períodos e suas causas”.
Qualquer residente dos países da América do Sul com mais de 18 anos pode responder à pesquisa. Brasileiros que moram na região Nordeste podem responder a pesquisa aqui, e moradores das regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul podem responder a pesquisa aqui.
“A Segurança Alimentar é um tema constantemente discutido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU) ao redor do mundo. Estudos têm demonstrado que quanto menor a renda, menor variedade e quantidade de proteínas consumidas. A população tende a substituir carnes frescas por alimentos processados como salsicha e calabresa devido seu baixo custo. Na crise que estamos vivendo, esse quadro pode ter piorado significativamente, sobretudo na população mais pobre. Caso constatemos diminuição do nível de segurança alimentar, nossos dados permitirão identificar onde a população encontra-se mais vulnerável e, assim, propormos estratégias adequadas à realidade de cada local”, afirma o pesquisador Frederico Vasconcelos, coordenador do projeto no Brasil.
Além da UFPA, participam da pesquisa a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), a Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Faculdades Integradas Aparício Filho (FIMCA), a Universidade Federal de Sergipe (UFS), a Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e pesquisadores da Argentina, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
Texto: Rafael Miyake – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Reprodução Google