O Laboratório de Planejamento e Desenvolvimento de Fármacos (LPDF) da UFPA, vinculado ao Instituto de Ciências Exatas e Naturais (ICEN), foi contemplado na 5ª chamada pública do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A iniciativa investe em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D&I) que contribuem para o avanço científico e tecnológico do país. O projeto da UFPA denominado “Combatendo a Resistência Antimicrobiana a partir do Desenvolvimento e Avaliação de Novos Inibidores de metalo-β-lactamases” foi a única proposta aprovada no eixo norte e nordeste do Brasil, dentre outras 23 aprovadas nacionalmente.
A chamada pública é fruto de uma cooperação entre o CNPq, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e do agrupamento de países composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics). Segundo o professor Rogério Silva, coordenador do projeto aprovado, participar da chamada é um “grande desafio”, uma vez que é necessário a inclusão de ao menos três países membros na mesma proposta. Para o desenvolvimento do projeto da UFPA, quatro grupos de pesquisa de diferentes nacionalidades (Brasil, África do Sul, Índia e China) vão colaborar com os estudos.
“Com o financiamento da proposta, será possível enviar estudantes da pós-graduação para desenvolverem suas pesquisas nos países parceiros, além da recepção de pesquisadores oriundos dos demais países membros, o que vai favorecer a troca de conhecimento e tecnologia entre os grupos”, declara o professor.
Sobre o projeto – O projeto nomeado “Combatendo a Resistência Antimicrobiana a partir do Desenvolvimento e Avaliação de Novos Inibidores de metalo-β-lactamases” tem como objetivo aprimorar e propor moléculas como (novos) fármacos, para que possam atuar como antimicrobianos, principalmente, como antibióticos, e ao final desse processo de pesquisa, gerar um protótipo de potencial candidato ao antimicrobiano.
“A proposta é desenvolver novos inibidores de metalo-β-lactamases (MBL) para o combate à Resistência Antimicrobiana ꟷ em outras palavras, aumentar as opções de moléculas que possam ser comercialmente avaliadas dentre as alternativas de antimicrobianos. A intenção é fortalecer a parceria estabelecida (com troca de tecnologia) e as publicações científicas que obtêm patentes de novas técnicas e compostos, que constam entre as metas almejadas nesta proposta”, assegura Rogério Silva.