A Amazônia é um dos territórios mais ricos e complexos do planeta, abrigando uma biodiversidade incomparável e desempenhando um papel fundamental no equilíbrio ambiental global. Nela, a ciência e a tecnologia têm sido agentes essenciais para o desenvolvimento sustentável da região, permitindo avanços em diversas áreas e a promoção de soluções inovadoras para desafios locais e globais.
Nesse contexto, a Universidade Federal do Pará (UFPA) tem se destacado com a oferta de uma vasta produção científica realizada por uma rede de laboratórios com projetos interdisciplinares que vão desde a biotecnologia e energias renováveis a estudos socioculturais e políticas públicas, conectando o conhecimento acadêmico às necessidades reais da população amazônida.


Com foco em apresentar alguns dos principais laboratórios, produtos, processos e serviços existentes na UFPA para construção de cooperações interinstitucionais, a Universidade realizou o Workshop Ciência, Tecnologias e Desenvolvimento na Amazônia: Laboratórios e Produção da UFPA. A iniciativa da Reitoria teve o intuito de evidenciar o impacto das pesquisas conduzidas na instituição, promovendo o diálogo entre cientistas, gestores e agências de fomento.

“Queremos que nossos produtos, processos, serviços e tecnologias deixem nossos laboratórios e cheguem às indústrias, aos supermercados, ao setor produtivo como um todo, gerando impacto positivo na vida das pessoas. É importante fortalecer o diálogo entre a universidade, o setor produtivo e o poder público. Nossa perspectiva é organizar um grande seminário, até o final deste ano, para apresentar de forma ampla tudo o que a UFPA tem produzido, reforçando o nosso papel na promoção de um futuro inovador para a Amazônia”, destacou o reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva.
Desenvolvimento e inovação – Por meio da troca de experiências e da divulgação dos avanços científicos e tecnológicos, o workshop buscou reforçar o compromisso da UFPA com o desenvolvimento sustentável, destacando o papel da universidade na construção de um futuro mais inclusivo e inovador para a Amazônia.

Gelatina de peixe em pó (Laboratório de Produtos de Origem Animal); biocarvões que podem ser aplicados em cosméticos, na culinária ou para remoção de poluentes (Laboratório de Óleos da Amazônia); organogéis com óleos amazônicos para aplicação tópica antienvelhecimento (Núcleo de Inovação Tecnológica em Medicamentos e Cosméticos); produção de gasolina, querosene e diesel verdes a partir do açaí e do tucumã (Laboratório de Engenharia de Processos de Conversão de Biomassa e Resíduos) são apenas algumas da pesquisas desenvolvidas na UFPA e apresentados durante o evento.
Um portfólio contendo essas e mais de trinta outras iniciativas científicas e tecnológicas que estão sendo desenvolvidas na UFPA, em núcleos, laboratórios e projetos, nas áreas da saúde, das engenharias química, de alimentos e mecânica, exatas e biológicas, foi distribuído entre a comunidade científica e os potenciais parceiros parceiros que participaram do evento.





Entre os espaços apresentados esteve o Laboratório de Biossoluções e Bioplásticos da Amazônia, o Laba, que tem como objetivo a busca por alternativas sustentáveis e eficazes para o uso dos recursos naturais da região amazônica, visando a conservação ambiental e o desenvolvimento econômico e social e onde se desenvolve, atualmente, a produção de embalagens biodegradáveis à base de amido de mandioca (Manihot esculenta Crantz.) e resíduo de caroço de açaí (Euterpe oleracea Mart.); produção de cosméticos, domissanitários e bioplásticos adicionados de óleos da Amazônia; e o projeto de pimenta do reino recoberta com filme comestível de amido de mandioca.

“É importante esse contato, nós precisamos que os órgãos externos, sejam eles governamentais ou não governamentais, venham ao encontro das nossas novidades e dos nossos laboratórios”, avaliou o pesquisador Davi Brasil, do Laboratório de Biossoluções e Bioplásticos da Amazônia.