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TAMANHO DA FONTE

Professor de universidade canadense realiza conferência na UFPA sobre Revisão Sistemática

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A necessidade de saber fazer e ler boas revisões sistemáticas na área da Saúde, mais especificamente na Odontologia e Ortodontia, foi tema da conferência da Jornada de Cooperação Internacional da UFPA, ocorrida nesta terça-feira, 10 de outubro, proferida pelo professor doutor Carlos Flores-Mir, do Departamento de Odontologia da University of Alberta (Canadá).

O evento teve a presença de cerca de 100 pessoas, de diversos Programas de Pós-Graduação da UFPA e de outras instituições, no auditório do prédio de Pós-Graduação do Instituto de Tecnologia (PGITEC) da Universidade. Entre os presentes, estiveram o pró-reitor de Relações Internacionais (Prointer) da UFPA, professor doutor Horacio Schneider, e a diretora de Pós-Graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp), professora doutora Iracilda Sampaio. O evento teve transmissão ao vivo pelo site da Propesp.

Visão mais completa – A revisão sistemática é um método pelo qual se faz o levantamento de outros estudos sobre um tema específico, publicados ou não, a fim de organizar os resultados e experimentos indicados por esses estudos, reunindo-os em um único documento, que oferece uma visão mais completa sobre o tópico pesquisado. Esses levantamentos devem ser feitos de forma a evitar enviesamentos, informações equivocadas ou erros. Quando feitas corretamente, as revisões sistemáticas fornecem bons indicadores, apresentados de forma concisa, o que beneficia tanto  clínicos e profissionais da área da saúde quanto pesquisadores, pois facilita e dá embasamento à escolha do tratamento adequado ao paciente, bem como apresenta os rumos que as pesquisas e os testes em relação ao assunto têm seguido.

"ConfSegundo o professor Carlos Flores-Mir, que já publicou em torno de 65 artigos de revisão sistemática com seus alunos e colaboradores, os resultados reais e as suas comprovações são necessários para evitar tomadas de decisão que podem trazer riscos ao paciente, ou não vão surtir o efeito esperado/desejado. Para ilustrar isso, o pesquisador trouxe artigos e documentos de estudos, instituições e entidades da Odontologia sobre a extração dos terceiros molares, ou dentes sisos, se tal procedimento seria necessário e em que situações seria preciso realizá-lo – tema ainda bastante discutido na área. O professor mostrou que, enquanto alguns se colocavam a favor da remoção, outros a julgavam prejudicial e desnecessária, porém sem oferecer o embasamento suficiente para tornar uma ou outra posição a definitiva. Assim o professor pontuou que: “Quando não há evidências, as duas possibilidades em jogo podem estar corretas. Isso pode levar o profissional ou pesquisador a tomar uma decisão que, logo mais, pode ser provada como a errada. Por esse motivo, buscar as evidências é necessário.”

Ao destacar a importância das evidências e, com isso, da Odontologia e da Ortodontia baseada em evidências, o professor Carlos Flores-Mir também apontou para os riscos da adoção de tratamentos cujos testes são enviesados ou incompletos. Para isso, destaca a importância das revisões sistemáticas nesse processo, que, se feitas corretamente, trazem um conjunto de dados reunidos em pesquisas e experimentos sobre determinadas substâncias e medicações e, com isso, obtêm as informações mais imparciais: “Quando realizada da forma adequada e combinada a outras revisões sistemáticas sobre o mesmo tema, a revisão sistemática é um dos mais altos graus de evidência”, afirma o professor.

"ConfA cooperação – A visita do professor doutor Carlos Flores-Mir à UFPA é fruto de uma parceria entre a University of Alberta e a Universidade Federal do Pará, por meio do Programa de Pós-Graduação em Odontologia (PPGO) da Instituição. Sobre esta parceria, o coordenador do PPGO, professor doutor Sérgio de Melo Alves Junior, destaca alguns resultados: “Temos uma aluna do mestrado do PPGO que foi convidada para fazer o doutorado em Alberta por causa dessa cooperação, o que formou uma rede entre os alunos da UFPA e do Canadá. Isso é muito importante porque a internacionalização é bastante forte nos grandes Programas de Pós-Graduação. Então qualquer programa que queira crescer, que queira aumentar sua visibilidade e relevância tanto nacionalmente quanto no exterior, precisa estabelecer essas ligações e associações”, aponta.

Esta e as demais parcerias reunidas pela Jornada de Cooperação Internacional UFPA são fomentadas pelo Programa de Apoio à Cooperação Interinstitucional (PACI), uma iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp) e da Pró-Reitoria de Relações Internacionais (Prointer). Até o final deste ano, a Jornada trará cerca de 20 pesquisadores à Universidade para missões de pesquisa e cooperação em outros Programas de Pós-Graduação e grupos de pesquisa. Esta foi a quarta conferência da agenda da Jornada, que já recebeu professores dos Estados Unidos, do Reino Unido e de Portugal, atuantes nas áreas da Medicina, Engenharia e Farmacologia.

As informações sobre esta e as próximas conferências poderão ser acessadas na página da Jornada no Facebook.

Texto e fotos: Divulgação

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