Progep avança na promoção de oportunidades de qualificação para os servidores lotados nos Hospitais Universitários da UFPA

A Universidade Federal do Pará (UFPA) promove, por meio de uma série de ações coordenadas pela Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal (Progep), com apoio do Programa Redes de Desenvolvimento (PRD), uma série de oportunidades para a preparação de servidores(as) para processos seletivos de pós-graduação. Neste cenário, desde o início de 2024, os(as) servidores(as) do Complexo Hospitalar da UFPA, formado pelo Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) e pelo Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS), vêm protagonizando uma nova etapa de qualificação profissional. 

Entre as formações realizadas para este público, o Curso de Inglês Instrumental representou um passo estratégico para a capacitação de servidores(as) interessados(as) em avançar na carreira acadêmica. Concluído por 31 servidores(as), o curso proporcionou não apenas o contato com estruturas linguísticas aplicadas ao contexto acadêmico, mas também o desenvolvimento de competências de leitura e interpretação de textos técnicos em língua inglesa — habilidade essencial para acompanhar a literatura científica atualizada, requisito frequente em programas de mestrado e doutorado. O desempenho médio de 7,62 (em escala de 0 a 10) demonstrou engajamento e dedicação dos(as) participantes, que puderam experimentar uma aprendizagem orientada para resultados concretos, preparando-os(as) para desafios subsequentes, como a Prova de Proficiência em Língua Inglesa.   

Por sua vez, a aplicação da Prova de Proficiência em Língua Inglesa, conduzida em parceria com o Prolin, da Faculdade de Letras-Bragança, foi mais do que um exame avaliativo: representou uma ponte concreta para o ingresso em programas stricto sensu, uma vez que a apresentação de Certificado de Proficiência em Língua Estrangeira é, em muitos casos, um pré-requisito eliminatório para participação em processos seletivos de mestrado e doutorado. Ao submeter-se à avaliação, os(as) servidores(as) puderam aferir seu nível de compreensão em leitura inglesa e verificar se estão aptos(as) a interpretar textos acadêmicos de forma autônoma, competência indispensável para o acompanhamento de disciplinas, análise de referências bibliográficas e desenvolvimento de pesquisas com padrão internacional de qualidade.  

Para muitos(as) participantes, o exame simbolizou um reencontro com a linguagem acadêmica após décadas de atuação exclusivamente profissional. Os resultados foram expressivos: 71% alcançaram conceitos “Bom” ou “Excelente”, com um grupo significativo obtendo mais de 80% de acertos, evidenciando não apenas o bom aproveitamento dos cursos preparatórios, mas também a determinação desse público em superar barreiras que, até pouco tempo, poderiam representar um obstáculo ao avanço na carreira acadêmica.  

Por fim, foi ofertado também o Curso de Noções Básicas para a Pesquisa Científica, que ampliou a formação anterior e introduziu os(as) participantes no universo da investigação acadêmica. Com essa formação, os(as) servidores(as) tiveram a oportunidade de refletir sobre metodologias, estruturação de problemas de pesquisa, definição de objetivos e formulação de hipóteses — elementos fundamentais para a elaboração de projetos de pesquisa de qualidade. As atividades possibilitaram aos(às) participantes a construção de um pensamento investigativo mais sistemático, aproximando-os do rigor exigido na pós-graduação e incentivando a retomada de vínculos com a produção científica.  

Empenho na atualização acadêmica – A adesão aos cursos e à prova de proficiência evidencia a disposição dos(as) servidores(as) em investir em seu próprio desenvolvimento, superando desafios de tempo, rotina e atualização acadêmica. Ao mesmo tempo, essas ações constituem um passo fundamental para consolidar uma política de qualificação continuada da Universidade, capaz de transformar a experiência profissional em produção científica e inovação no campo da saúde.  

“Reconhecendo o impacto dessas iniciativas, a Progep já articula a continuidade das ações formativas, com o objetivo de ampliar o acesso e consolidar uma política de qualificação voltada para os profissionais que atuam nos hospitais, que possuem uma realidade de trabalho diferente das outras unidades”, indica Ícaro Pastana, pró-reitor de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal.

Atualmente, essas ações convergem para a realização do Curso Preparatório para a Pós-Graduação, uma formação de 40 horas que articula aulas presenciais, orientações individuais, simulações de entrevistas e momentos de escuta e arguição sobre os projetos de pesquisa em elaboração. A oferta trata de um esforço concentrado para apoiar a entrada desses servidores nos programas de mestrado e doutorado, respeitando seus percursos profissionais e suas aspirações acadêmicas.  

“Mais do que preparar para processos seletivos, essas ações representam um gesto institucional de reconhecimento. Apostar na formação dos servidores dos hospitais universitários é também investir na construção de uma universidade mais diversa, inclusiva e comprometida com o desenvolvimento humano em todas as suas dimensões”, destaca a coordenadora de Desenvolvimento Profissional, Larissa Matos.

TEXTO: Assessoria Progep/UFPA, com edição da Ascom/UFPA

FOTOS: Assessoria Progep/UFPA

Relação com os ODS da ONU:

ODS 3 - Saúde e Bem-EstarODS 4 - Educação de Qualidade

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