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TAMANHO DA FONTE

Programa Pop Ciência apresenta novos caminhos para a divulgação científica brasileira

O Decreto Federal 11.754 de 25 de outubro de 2023 instituiu a criação do Programa Nacional de Popularização da Ciência, conhecido como Pop Ciência, com o objetivo de desenvolver a cultura científica e estimular a prática da ciência, tecnologia e inovação para promover a inclusão e reduzir as desigualdades sociais. Esse tema permeou alguns debates realizados durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada na Universidade Federal do Pará (UFPA).

Ao apresentar o Pop Ciência, a diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica, da Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedes/MCTI), Juana Nunes, ressaltou a importância de o programa sistematizar as ações realizadas em uma rede que chegue efetivamente a todas as regiões do país. 

“Isso significa [o estabelecimento de] parcerias do governo federal com os governos locais, estaduais e municipais. Parceria do governo federal diretamente com a sociedade civil, com os atores protagonistas das suas ações nas escolas, com os professores e com os estudantes. Eu acredito que é preciso criar uma cidadania científica”, afirmou a diretora.

Experimentos – Na sua fala, o professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Rodrigo Reis compartilhou a experiência da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência, financiada pela Fundação Araucária, agência de fomento científico paranaense, e pelo MCTI. “A gente está tentando articular os diferentes atores que trabalham com divulgação científica no estado, os museus de ciências, as feiras de ciências, os projetos de olimpíadas, os clubes de ciências. Às vezes, a gente tem várias ações que ocorrem no mesmo território, mas dialogam pouco entre si”, explicou. 

Fotografia de um auditrório com suas poltronas lotadas. No fundo da imagem, um telão exibe diversas pequenas imagens. Em destaque, um homem branco, alto, com um microfone na mão.

A rede é um Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi), proposta da agência que, de acordo com nota técnica, tem o intuito de conduzir a produção de conhecimento de forma colaborativa pelos pesquisadores paranaenses por meio de demandas de desenvolvimento de setores estratégicos.

No que se refere à discussão sobre inclusão e interseccionalidade na pesquisa e na prática da divulgação científica, a professora Alessandra Bizerra também apresentou uma perspectiva de como é possível avaliar as ações para além das métricas tradicionais, levando em consideração a acessibilidade, a diversidade e a equidade de gêneros e o combate ao racismo. “Que grau de participação as pessoas têm? Elas estão só recebendo informações ou estão construindo ideias e participando também da produção de conhecimento científico?”, provocou a professora da Universidade de São Paulo (USP).

TEXTO: Henrique Pimenta e Vitória Ferreira - Comissão Local de Comunicação da 76ª da Reunião Anual da SBPC

FOTOS: Eduardo Kalif e Vitória Ferreira

Relação com os ODS da ONU:

ODS 4 - Educação de Qualidade

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